O Botafogo encerra neste domingo um dos anos mais turbulentos de sua história recente, justamente diante da própria torcida. O duelo contra o Fortaleza, no Nilton Santos, pela última rodada do Brasileirão Betano, virou a última esperança para tentar resgatar algum orgulho na temporada. A diretoria trata a partida como decisão, mesmo após meses recheados de falhas e desgaste interno.

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Para chegar à fase de grupos da Libertadores, o Alvinegro precisa vencer o Fortaleza por qualquer placar e ainda torcer por um empate entre Fluminense e Bahia. A combinação é difícil, mas não impossível, e mantém viva a chance de terminar o campeonato com um objetivo relevante cumprido. O elenco sabe que a pressão será alta do início ao fim.
A irregularidade ao longo da temporada refletiu também nas arquibancadas do Nilton Santos. Se em 2024 o estádio recebia grandes públicos, em 2025 a torcida compareceu menos após sucessivas decepções dentro e fora de campo. Para o jogo decisivo, a expectativa gira em torno de cerca de 20 mil presentes, número que a diretoria considera razoável diante do momento.
Momento recente anima elenco
O retrospecto recente, porém, dá ao Botafogo algum alívio antes do confronto. No primeiro turno, o time goleou o Fortaleza por 5 a 0 no Castelão e chega agora embalado por cinco partidas de invencibilidade. O ambiente nos treinos melhorou consideravelmente, e a comissão técnica acredita que o grupo vive sua fase mais confiante dos últimos meses.

Botafogo divulgou os relacionados para duelo contra o Fortaleza. Foto: Divulgação/Botafogo
Mesmo assim, os desfalques preocupam. David Ricardo está suspenso após expulsão, e Danilo e Savarino seguem fora, só retornando em 2026. Essas ausências obrigam ajustes de última hora, especialmente no setor de criação, que sofreu com oscilações ao longo da temporada. A falta de profundidade no elenco volta a ser tema de debate interno.
Retornos e sacrifícios na reta final
Por outro lado, o retorno de Santi Rodríguez depois de cumprir suspensão é tratado como reforço essencial para a partida. O meia é visto como peça-chave na articulação e assume a responsabilidade de liderar o time no duelo decisivo. Na defesa, Alexander Barboza deve atuar no sacrifício, mesmo com um estiramento no joelho, evidenciando o clima de tudo ou nada.

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Independentemente do resultado, o jogo deste domingo encerra oficialmente um ano marcado por crises, troca de comando, perdas técnicas e um elenco que demorou para se reencontrar. A classificação para a Libertadores serviria como respiro e alívio. Uma derrota, porém, abre caminho para mudanças profundas em 2026 e coloca ainda mais pressão na diretoria e no departamento de futebol.








