O português Artur Jorge ainda guarda lembranças fortes do Botafogo. O treinador, que atualmente comanda o Al-Rayyan, concedeu entrevista ao Jornal O Globo e comentou sobre sua passagem no Glorioso e, aproveitou para exaltar a torcida brasileira.

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Campeão do Brasileirão e da Libertadores há um ano, o treinador diz que a passagem pelo clube foi um ciclo de sucesso que marcou sua carreira, e deixa em aberto um possível retorno ao futebol brasileiro. “O Botafogo foi um projeto com início, meio e fim. Ficou marcado na história do clube e na minha também”, afirmou, em entrevista ao O Globo.
Saudades da torcida brasileira
Vivendo no Catar, onde comanda o Al-Rayyan, Artur admite que sente falta da intensidade do torcedor brasileiro. A vida no Oriente Médio, embora mais tranquila e com menos pressão, o distancia daquilo que mais o inspira no futebol: a paixão. “Aqui gostam de futebol, mas não é uma paixão. É disso que mais sinto falta, da energia e da emoção que o futebol tem no Brasil”, confessou.
O técnico contou que se adaptou à nova realidade, mas que a ausência do calor humano nos estádios é um dos grandes desafios. “Jogamos em arenas magníficas, mas quase vazias. No Brasil, a energia vem da arquibancada, ela alimenta o jogador e o treinador. Aqui, a cobrança é praticamente zero”, disse.
Mesmo assim, o português não esconde o carinho que mantém pelo país. “Prefiro claramente o Brasil. Lá a paixão é constante, os estádios estão sempre cheios, há uma vibração que motiva e alimenta o nosso trabalho. Essa energia é um combustível poderoso”, afirmou.

Arthur Jorge tecnico do Botafogo durante partida contra o Atletico-MG no estadio Independencia pelo campeonato Brasileiro A 2024. Foto: Fernando Moreno/AGIF
Saída do Botafogo
Questionado sobre sua saída do Botafogo, Artur preferiu não reabrir feridas. “Foi uma etapa bonita, vencedora, e que termina ali. Ponto final”, resumiu. Ele também negou que questões pessoais tenham interferido na decisão, depois que John Textor sugeriu o contrário. “Minha vida profissional e pessoal nunca se misturaram. Foram decisões distintas, e hoje estou em paz com todas elas.”

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Sobre o futuro, o português não esconde o desejo de voltar a trabalhar no Brasil. “É um mercado que me interessa muito e faz parte do meu plano de carreira. Mais cedo ou mais tarde, irei voltar”, garantiu. E completou, com uma frase que resume bem seu atual momento: “Quem me valorizou é quem me tem.”








