Os títulos que definiram a identidade do Galo
A história do Atlético Mineiro é marcada por suor, emoção e uma relação quase espiritual com sua torcida. Poucos clubes no Brasil representam tão bem a força da superação quanto o Galo. Em cada conquista, há uma virada, um momento de fé e o Mineirão pulsando em sintonia com a Massa, que transforma cada jogo em um espetáculo de paixão e resistência.

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Mais do que vencer, o Atlético construiu sua identidade enfrentando o improvável. Em campo, o time reflete o espírito de sua torcida: guerreira, incansável e acostumada a lutar até o último minuto. É dessa conexão entre arquibancada e gramado que surgiram os títulos que definiram o caráter do clube.
As viradas da Libertadores
Em 2013, o Atlético viveu uma das campanhas mais emocionantes da história da Libertadores. Nas semifinais, diante do Newell’s Old Boys, o time chegou ao Mineirão com a missão de reverter a derrota por 2 a 0 na Argentina. Com o estádio tomado por mais de 60 mil vozes, o Galo igualou o placar com gols de Bernard e Guilherme e garantiu a vaga na final nos pênaltis, após mais uma defesa milagrosa de Victor.
Na decisão, contra o Olimpia, o enredo se repetiu: derrota por 2 a 0 no jogo de ida e mais uma missão quase impossível no Gigante da Pampulha. Mas a fé da Massa e a entrega dos jogadores falaram mais alto. O Atlético devolveu o placar, levou o confronto para os pênaltis e, com a bola na trave que selou o título, escreveu o maior capítulo de sua história.

Atlético na Libertadores. Foto: Heuler Andrey/AGIF
Essas viradas não apenas consagraram o time dentro de campo, mas eternizaram o “Eu Acredito” como o mantra de uma torcida que nunca desiste. A Libertadores de 2013 foi mais do que uma taça, foi o símbolo máximo da alma atleticana em cada partida. Como dizia Roberto Drummond: “Se houver uma camisa branca e preta pendurada no varal durante uma tempestade, o atleticano torce contra o vento.”
As glórias da Copa do Brasil
Um ano depois, em 2014, o Galo voltou a provar que o impossível é apenas um desafio a mais. Pelas quartas de final da Copa do Brasil, o Atlético reverteu o 2 a 0 do Corinthians e venceu por 4 a 1 no Mineirão, com o gol salvador de Edcarlos nos minutos finais. Na semifinal, o roteiro se repetiu diante do Flamengo: nova derrota fora de casa, novo gol sofrido e mais uma virada épica por 4 a 1, com o Mineirão em êxtase quando Luan balançou as redes.
Aquele time parecia movido por algo além do futebol, pela crença da torcida, pela mística do estádio e pela coragem de enfrentar o destino. Essas conquistas tornaram o Galo sinônimo de superação. Cada virada, cada explosão da torcida e cada lágrima ajudaram a construir o legado de um time que não apenas vence, mas resiste e acredita até o fim.








