Atlético Mineiro e Lanús decidem, neste sábado (22), às 17h, a Copa Sul-Americana de 2025. A partida acontece no Estádio Defensores del Chaco, em Assunção, no Paraguai, com o Galo buscando mais um título continental.
ARBITRAGEM
O responsável pelo apito será o chileno Piero Maza, árbitro de 41 anos e membro do quadro da FIFA. Os auxiliares serão seus compatriotas Miguel Rocha e Alejandro Molina. O VAR também será chileno: Juan Lara. Já o quarto árbitro será Carlos Betancur, da Colômbia.
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PROVÁVEIS ESCALAÇÕES
Em relação às últimas partidas, o Atlético Mineiro deve ir a campo com a seguinte formação: Everson; Renzo Saravia, Júnior Alonso, Vitor Hugo; Gustavo Scarpa, Alexander, Igor Gomes, Bernard, Guilherme Arana; Dudu, Hulk. Técnico: Jorge Sampaoli.
Já o Lanús deve entrar em Assunção com os seguintes jogadores: Nahuel Losada; Gonzalo Pérez, José María Canale, Carlos Izquierdoz, Sasha Marcich; Agustín Cardozo, Agustín Medina, Eduardo Salvio, Marcelino Moreno, Ramiro Carrera; Rodrigo Castillo. Técnico: Mauricio Pellegrino.
DESFALQUES/DÚVIDAS
Para a decisão, o Galo tem uma série de desfalques que só retornarão ao time em 2026: Lyanco, Júnior Santos, Tomás Cuello e Caio Maia. Já o volante Alan Franco, substituído em jogo da Seleção do Equador, é dúvida para a partida. Em relação ao Lanús, os machucados da equipe argentina são: Raúl Loaiza e Felipe Peña Biafore.
CAMPANHAS
O Atlético Mineiro foi o segundo colocado do Grupo H, atrás do Cienciano (Peru), ficando à frente de Caracas (Venezuela) e Deportes Iquique (Chile). Nas fases eliminatórias, o Galo eliminou Atlético Bucaramanga (Colômbia), Godoy Cruz (Argentina), Bolívar (Bolívia) e Independiente del Valle (Equador).
Já o Lanús foi o líder do Grupo G, terminando à frente de Vasco, Melgar (Peru) e Academia Puerto Cabello (Venezuela). No mata-mata, a equipe eliminou Central Córdoba (Argentina), Fluminense e Universidad de Chile (Chile).
Lanús superou a Universidad de Chile na semifinal (Photo by Alejandro Pagni/Getty Images)
O Galo chega à decisão com sete vitórias, cinco empates e duas derrotas em 14 jogos, 22 gols marcados e 12 sofridos. Já o Lanús avança à final com seis vitórias, cinco empates e apenas uma derrota em 12 partidas. Os argentinos marcaram 15 gols e sofreram apenas oito.
HISTÓRICO DE CONFRONTOS
Atlético e Lanús se enfrentaram quatro vezes em jogos oficiais, com três vitórias do Galo e apenas um empate. Os mineiros marcaram 10 gols, enquanto os argentinos anotaram cinco.
O primeiro encontro foi na decisão da Copa Conmebol de 1997, com o Alvinegro ficando com o título após vitória por 4 a 1 na Grande Buenos Aires e empate em 1 a 1 em Belo Horizonte.
A outra decisão foi na Recopa Sul-Americana de 2014, que novamente terminou com o Galo campeão. Na ida, na Argentina, vitória atleticana por 1 a 0. Na volta, no Mineirão, o Lanús venceu por 3 a 2 no tempo normal, levando o jogo para a prorrogação. No tempo extra, o Atlético virou o jogo para 4 a 3 e foi campeão ao vencer a final por 5 a 3 no agregado.
ÚLTIMAS NOTÍCIAS
O Atlético Mineiro viajou para o Paraguai na tarde desta quarta-feira (19), às 15h, com o elenco quase completo. As exceções foram os zagueiros Ivan Román e Júnior Alonso, além do meio-campista Alan Franco, que irão se unir à delegação alvinegra diretamente em Assunção, após servirem suas respectivas seleções em amistosos na Data FIFA.
O Galo ainda terá dois treinos, nas manhãs de quinta (20) e sexta-feira (21), no estádio do Libertad, em Assunção.
Assim como os brasileiros, o Lanús também viajou para o Paraguai nesta quarta-feira (19), às 17h30, e deve chegar à capital pouco depois da chegada do Galo. Os treinamentos dos argentinos também serão na quinta (20) e sexta-feira (21), mas no período da tarde, no estádio do Rubio Ñu.
DECLARAÇÕES
Antes da viagem, o atacante Hulk falou sobre a importância da final e de buscar mais um título com o manto atleticano. “A gente tem a oportunidade de continuar escrevendo lindas histórias e conquistas, tanto coletivas quanto individuais. É sempre especial”, lembrou.
O técnico Jorge Sampaoli, que busca sua segunda Copa Sul-Americana (foi campeão em 2011, com a Universidad de Chile), também falou sobre a decisão. “Para mim, sempre, o clube vem primeiro que nós (funcionários), que fazemos parte dele. É uma oportunidade que o futebol nos dá para hierarquizar o clube”, comentou o treinador.
Jorge Sampaoli buscará seu segundo título como técnico na Copa Sul-Americana (Photo by Alexandre Schneider/Getty Images)
No lado argentino, quem falou sobre a final foi Nicolás Russo, presidente do Lanús, que elogiou o time atleticano. “É uma grande equipe, com um plantel enorme. Muitos bons jogadores. Tem bom nível e não chegou por acaso à final. É um time sério, muito forte. Todos os jogadores do Atlético-MG são grandes jogadores, tenho respeito por cada um deles”, comentou.
Russo também falou sobre o técnico Sampaoli. “Sampaoli é um grande técnico, demonstrou isso nos diferentes lugares do mundo em que esteve. Eu o respeito muitíssimo”, finalizou o presidente argentino.
CLIMA E EXPECTATIVA DAS TORCIDAS
As torcidas, tanto de Atlético Mineiro quanto do Lanús, estão animadas com a decisão. Até a tarde desta quarta-feira (19), o presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, anunciou que cerca de 30 mil ingressos já foram vendidos. O mandatário também informou que há mais vendas para o Brasil, ou seja, mais atleticanos, mas a diferença não é grande.
A torcida atleticana já começou o deslocamento até o Paraguai, seja de avião, ônibus ou carro. Em entrevista ao O Tempo, um grupo de atleticanos saiu de Belo Horizonte nesta quarta-feira e viajará cerca de 1.800 km até Assunção.
“Fui com meu irmão no jogo contra o Del Valle, pela semifinal, e falamos: ‘se o Galo passar, a gente vai para a final’. E ficou combinado. O Walisson (administrador de empresas), que estava no jogo com a gente, também falou que topava. Pouco depois, falamos com o Emerson (policial militar da reserva): ‘falta um aqui pra fechar o carro, bora?’ Ele respondeu: ‘bora’“, explicou o corretor de seguros Thiago Amorim, de 38 anos.
CIDADE-SEDE E ESTÁDIO
A decisão será em Assunção, capital e maior cidade do Paraguai, com cerca de 462 mil habitantes. O local é uma das cidades mais antigas da América Latina e conhecido como “a mãe das cidades“. É o principal centro econômico, político e cultural do país, com rica história e arquitetura colonial e neoclássica.
A cidade oferece diversos pontos turísticos, como o Centro Histórico, o Palacio de López e o Museu do Futebol Sul-Americano, além de bairros vibrantes como Loma San Jerónimo. A moeda oficial é o guarani (PYG), mas o dólar americano (USD) é amplamente aceito.
O estádio da decisão será o Defensores del Chaco, palco utilizado pela Seleção Paraguaia, com capacidade para 42.354 pessoas. O local já recebeu dez finais de Copa Libertadores (1960, 1975, 1979, 1985, 1989, 1990, 1991, 2002, 2013 e 2014), duas finais de Copa América (1979 e 1999), além da decisão da Copa Intercontinental de 1979.
O estádio também já recebeu diversos shows e concertos ao longo de sua história, com destaque para Duran Duran (1993), Bon Jovi — I’ll Sleep When I’m Dead Tour (1993), RBD — Empezar desde cero Tour (2008) e Paul McCartney — On the Run (2012).
LANÚS – PONTOS FORTES E FRACOS
Sob o comando de Mauricio Pellegrino, o Lanús evoluiu para um time mais equilibrado e versátil, capaz de controlar a posse e adaptar-se bem a diferentes adversários. Essa flexibilidade tática, aliada à solidez defensiva e à capacidade de construir jogadas com paciência, dá ao granate uma arma importante em finais.
Mauricio Pellegrino levou o Lanús para a decisão da Copa Sul-Americana (Photo by Marcos Brindicci/Getty Images)
Por outro lado, o Lanús pode sofrer em transições rápidas, já que seu controle de posse muitas vezes o expõe a reações adversárias velozes. Quando perde a bola em zonas de criação, o time não tem uma recomposição tão imediata e confiável, o que pode ser explorado por equipes com atacantes contundentes. Além disso, a dependência de seus meias criativos para gerar oportunidades pode se tornar um gargalo caso sejam neutralizados.
ATLÉTICO MINEIRO – PONTOS FORTES E FRACOS
Com Jorge Sampaoli no comando, o Atlético traz um futebol mais dinâmico, de pressão alta e ofensividade agressiva. O treinador tem conseguido resgatar jogadores importantes e dar à equipe uma identidade clara, com transições rápidas e jogo vertical. Essa mentalidade agressiva pode ser decisiva em uma final, especialmente quando o Galo consegue roubar a bola no campo adversário e furar a defesa rival com infiltrações.
No entanto, o Alvinegro ainda enfrenta problemas de eficiência no terço final: Sampaoli já apontou a limitação ofensiva, e os atacantes têm tido dificuldade para converter chances claras. Somado a isso, a defesa pode se expor quando o time pressiona alto demais: buracos entre a linha média e a zaga podem ser explorados por contragolpes perigosos de equipes que sabem administrar a posse.
CHAVES PARA A VITÓRIA
O Lanús precisará impor seu ritmo, controlar a posse e não se deixar levar pela intensidade do Galo. Se Pellegrino conseguir manter a compactação defensiva e garantir que seus meias pressionem bem os atacantes adversários, terá boas chances de explorar os momentos de desequilíbrio nas transições. Além disso, a paciência nas trocas de passes pode desgastar fisicamente o time mineiro.
O Galo, por sua vez, deve focar nas transições rápidas e na pressão imediata após a perda da bola. Sampaoli precisa que seus atacantes se movimentem bem para aproveitar os espaços que o Lanús deixará na recomposição, e seus meias devem lançar com precisão para acionar os pontas nas costas da defesa argentina. A agressividade defensiva pode ser decisiva para forçar erros e criar chances de finalização.
QUEM PODE DECIDIR
No Lanús, dois ou três jogadores podem decidir: Marcelino Moreno (meia ofensivo) pode ser crucial para quebrar linhas e dar assistências; Rodrigo Castillo, centroavante, pode usar seu poder de finalização para punir erros; e Eduardo Salvio, com sua experiência e habilidade pelos lados, pode desequilibrar em jogadas individuais.
Já no Atlético Mineiro, atenção para Hulk, que, apesar da idade, ainda é uma referência de força e finalização; Rony, com sua velocidade e capacidade de drible, pode ser a chave nas transições; e o volante Alan Franco, que, se se recuperar a tempo, ajuda a proteger a zaga e dar suporte nas retomadas, sendo vital para dar sustentação ao time de Sampaoli.
ESTATÍSTICAS
O Atlético Mineiro chega à decisão após realizar 68 jogos na temporada, somando 29 vitórias, 21 empates e 18 derrotas, marcando 89 gols e sofrendo 62. O aproveitamento é de 54,41% na temporada. Já o Lanús disputou 49 partidas em 2025, com 22 vitórias, 17 empates e 10 derrotas, com 56 gols marcados e 33 sofridos. O aproveitamento dos argentinos é de 56,46%.
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Para anotar na agenda:
JOGO: Lanús (Argentina) x Atlético Mineiro (Brasil)
DATA: 22/11/2025
HORÁRIO: 17h (horário de Brasília)
LOCAL: Estádio Defensores del Chaco, em Assunção, no Paraguai
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