O “seguro” de Renan Lodi
A iminente confirmação de Renan Lodi como novo reforço do Atlético Mineiro para 2026 carrega uma mensagem subliminar que ecoa forte nos bastidores da Arena MRV: o clube se preparou para viver sem Guilherme Arana. A diretoria tratou a chegada de Lodi como uma “reposição antecipada”, uma manobra de mercado clássica onde se garante o substituto antes de vender o titular, evitando que os preços inflacionem pelo desespero da compra.

Lodi não chega a Belo Horizonte para ser banco. Com salário de nível europeu e status de Seleção Brasileira, ele aterrissa para ser protagonista. Para a gestão da SAF, ter dois laterais desse calibre (Lodi e Arana) no mesmo elenco seria um luxo financeiro inviável e desnecessário, o que torna a saída do atual camisa 13 o caminho natural da equação.
Ativo valioso
Guilherme Arana é, indiscutivelmente, um dos maiores ídolos da história recente do Galo. No entanto, a temporada de 2025 foi marcada por oscilações técnicas e, pela primeira vez, algumas cobranças mais ríspidas das arquibancadas. Aos 28 anos, Arana ainda possui um valor de mercado altíssimo e é visto internamente como a “moeda de troca” ideal para equilibrar as contas de 2026.
Clubes da Europa (que buscam experiência) e gigantes brasileiros (como o Corinthians, que monitora a situação) já sondaram o atleta. Antes, o Atlético recusava ouvir ofertas por não ter quem colocasse no lugar. Agora, com a “sombra” de Lodi projetada no gramado, a diretoria está disposta a sentar e negociar, buscando uma venda que traga o retorno financeiro necessário para outros investimentos.
Engenharia financeira
A troca de Arana por Lodi é vista como uma vitória da engenharia financeira do clube:
Receita: O Galo venderia Arana por uma cifra milionária (multa ou negociação elevada).
Custo Zero: Lodi chega sem custos de transferência (apenas luvas diluídas e salários), já que estava livre no mercado após sair do Al-Hilal.
Balanço: O clube troca um salário alto por outro equivalente, mas coloca o valor integral da venda de Arana no caixa para abater dívidas ou contratar peças para o ataque e defesa.

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Arana tem sua pior participações de gols em 2025 desde que chegou ao Atlético Mineiro em 2020
Se a saída se concretizar, Arana deixará o Galo pela porta da frente, com títulos e história, enquanto o clube mostra maturidade ao renovar o setor sem perder qualidade técnica.








