Vasco precisará de feito inédito na Sul-Americana após goleada sofrida no Equador
O Vasco terá que realizar um feito inédito para seguir vivo na Copa Sul-Americana após a goleada sofrida por 4 a 0 para o Independiente del Valle nesta terça-feira, em Quito. Nenhum time na história da competição conseguiu reverter uma desvantagem de quatro gols ou mais sofrida no jogo de ida do mata-mata para se classificar na partida de volta.
A situação é crítica. O Del Valle dominou a partida no Equador e construiu um placar que deixa o clube carioca em condição quase impossível. Para reverter o cenário, o time de Fernando Diniz precisará escrever um capítulo jamais visto na história do torneio.
O exemplo mais próximo dessa façanha aconteceu em 2015, com o Melgar. Derrotado por 5 a 0 pelo Junior Barranquilla, o clube peruano venceu o jogo de volta por 4 a 0 e ficou a um gol de levar a decisão para os pênaltis. Ainda assim, acabou eliminado.
Reações e memórias do passado
Essa é a oitava participação do Vasco na Copa Sul-Americana. O clube já viveu algumas viradas importantes no torneio, mas nunca diante de tamanha desvantagem. A maior reviravolta foi por dois gols de diferença.
Em 2007, o Vasco perdeu por 2 a 0 para o Lanús, na Argentina, e devolveu o placar com um 3 a 0 em São Januário. Já em 2011, dois confrontos seguidos contaram com superações: o time reverteu um 3 a 1 sofrido para o Aurora com um 8 a 3, e um 2 a 0 diante do Universitario, vencendo por 5 a 2.
No entanto, o cenário atual é ainda mais complicado. Para se classificar no tempo regulamentar, o Vasco precisa vencer por cinco gols de diferença. Caso devolva os 4 a 0, a vaga será decidida nos pênaltis.
Pressão aumenta em temporada irregular
A goleada para o Del Valle foi o pior resultado do Vasco em 2025. Antes disso, a equipe já havia sofrido outra dura derrota na fase de grupos da Sul-Americana: 4 a 1 para o Puerto Cabello, da Venezuela.
O duelo da volta está marcado para a próxima terça-feira (23), às 21h30, em São Januário. Será preciso mais do que inspiração: será necessário entrar para a história.