Quem é Philippe Coutinho e por que seu retorno ao Vasco está em pauta?
Philippe Coutinho é o meia-atacante revelado pelo Vasco e com passagens por gigantes europeus como Liverpool e Barcelona, que retornou ao clube em 2024 e, em setembro de 2025, se tornou a principal referência técnica e emocional de um time que luta para se reafirmar no cenário nacional. Extremamente habilidoso, o meia-atacante possui capacidade de drible curto, visão de jogo refinada e finalização precisa de média distância.

A volta do Pequeno Mágico ao Gigante da Colina ganhou enorme repercussão por unir alguns fatores importantes. Além de ser um astro de renome internacional, ele carrega o peso simbólico de ser uma cria da base. Depois de mais de uma década construindo carreira em grandes clubes, ‘Little Couto’ voltou para o futebol brasileiro impactando dentro de campo com gols e assistências.
Com uma temporada completa desde seu retorno, o craque cruzmaltino alcançou recentemente a marca de 100 jogos pelo Vasco. Nesse período, teve momentos de brilho, com gols decisivos e atuações que mostraram toda a sua qualidade, mas também enfrentou fases de lesão que limitaram sua presença em campo.
Esse contraste provoca debates entre torcida e imprensa sobre o real impacto de sua passagem pelo clube, reforçando a expectativa de que, plenamente recuperado, o meia ainda possa exercer um papel determinante nos próximos anos
Como foi o surgimento de Philippe Coutinho no Vasco?
Coutinho surgiu como uma das maiores promessas da base do Vasco no final dos anos 2000, sendo vendido para a Inter de Milão antes mesmo de se firmar completamente no time principal. Desde os primeiros anos no juniores, o meio-campista chamava atenção por sua técnica refinada, visão de jogo e talento para criar oportunidades.
Em 2008, ainda muito jovem, o talentoso atleta foi contratado pela Internazionale, em uma transação que já projetava seu futuro no futebol europeu. Apesar da venda, o clube italiano decidiu mantê-lo no Vasco por empréstimo até 2010, garantindo que pudesse continuar seu desenvolvimento no time profissional. Esse período foi fundamental para ganhar experiência e se preparar para o desafio de atuar no exterior.
Ao desembarcar na Europa, o meia logo começou a demonstrar o motivo pelo qual era visto como uma das maiores promessas do futebol brasileiro. Mesmo diante da adaptação ao ritmo europeu e à intensidade do futebol italiano, suas primeiras partidas impressionaram. Seu talento já se destacava em nível internacional, mostrando que, apesar da juventude, tinha capacidade de influenciar decisões.
Quais foram os feitos de Philippe Coutinho na Europa?
Coutinho viveu o auge de sua carreira no Liverpool, onde se tornou um dos melhores meias do mundo, o que o levou a uma transferência recorde para o Barcelona, além de uma passagem vitoriosa pelo Bayern de Munique.
No entanto, a trajetória do meio-campista na Inter de Milão foi marcada por desafios e aprendizado, típicos de um jovem talento. Contratado ainda adolescente, ele enfrentou dificuldades para se firmar na equipe titular devido à forte concorrência no elenco. Ao longo de sua passagem pelo clube italiano, o ‘Cria do Vasco’ participou de 28 partidas oficiais, registrando três gols e duas assistências.
Para ganhar mais experiência, a Inter decidiu emprestá-lo ao Espanyol em 2012, permitindo que o craque brasileiro jogasse com maior regularidade e continuasse seu desenvolvimento. No clube espanhol, o jogador se destacou pela criatividade dentro das quatro linhas. Em 16 partidas na La Liga, marcou cinco gols e deu uma assistência, números que reforçaram seu potencial e aumentaram o interesse do mercado internacional.
A contratação de ‘Little Couto’ pelo Liverpool, em janeiro de 2013, marcou o início de uma nova fase em sua carreira, colocando-o em um dos campeonatos mais competitivos do mundo. O clube inglês investiu cerca de $13 milhões de euros na jovem promessa, apostando em seu talento e versatilidade como meia-atacante.
A trajetória do astro brasileiro pelos Reds consolidou sua reputação como ídolo internacional. Vestindo a tradicional camisa vermelha, o Pequeno Mágico registrou números impressionantes: 54 gols em 201 partidas oficiais e 45 assistências, sendo peça-chave em muitas vitórias do time na Premier League durante sua passagem pelo clube.
Chegada ao Barcelona e passagem vitoriosa pelo Bayern de Munique
A transferência de Coutinho para o Barcelona, em janeiro de 2018, foi uma das mais comentadas do futebol mundial, com o clube espanhol pagando cerca de $160 milhões de euros, uma das contratações mais caras da história. A expectativa era de que o brasileiro se tornasse uma peça central no meio-campo, contribuindo com criatividade, passes precisos e gols.
A adaptação do atleta revelado em São Januário ao estilo de jogo do time catalão foi mais desafiadora do que se imaginava. Apesar de exibir lampejos de qualidade, ele teve dificuldade para manter regularidade em um time repleto de estrelas. Durante sua passagem pelo clube, conquistou alguns títulos, como a La Liga, a Supercopa e a Copa do Rei, mas nunca alcançou o protagonismo esperado, gerando críticas da imprensa sobre seu impacto dentro da equipe.
Durante sua passagem pelo Bayern de Munique em 2019, ‘Little Couto’ teve a oportunidade de atuar novamente em alto nível. Embora não tenha sido titular absoluto em todos os jogos, ele contribuiu com gols e assistências em momentos cruciais, mostrando sua capacidade de decidir partidas.
Ao final da temporada, o meia conquistou títulos expressivos, incluindo a Champions League, a Bundesliga e a Copa da Alemanha, reforçando seu currículo internacional e recuperando parte do prestígio que havia perdido durante a passagem pelo futebol espanhol.
Por que a carreira de Coutinho perdeu brilho após o auge?
Após a saída do Barcelona, Coutinho enfrentou dificuldades para reencontrar seu melhor futebol, passando por um período discreto no Aston Villa e uma temporada no Al-Duhail, do Catar, marcada por lesões e pela distância dos holofotes.
O período do camisa 10 no time inglês foi marcado por desafios e irregularidade em seu desempenho. O meia enfrentou problemas físicos, o que impediu que repetisse o protagonismo que teve anteriormente no futebol britânico. Mesmo apresentando alguns lampejos de talento, ele não se firmou como peça central da equipe, fazendo desse período uma fase de adaptação.
Em 2023, após uma passagem difícil pelo Aston Villa, o talentoso jogador foi emprestado ao Al-Duhail, do Catar, em busca de maior regularidade em campo. A decisão veio após temporadas marcadas por lesões recorrentes, que prejudicaram seu desempenho e comprometeram sua continuidade nos clubes anteriores.
O Cria do Vasco chegou ao time asiático com a expectativa de reencontrar a confiança perdida em temporadas anteriores. Sua passagem, porém, também trouxe desafios de adaptação ao futebol asiático. Apesar de exibir momentos positivos, ele sofreu com problemas físico e na coxa, que limitaram sua continuidade em campo. Ainda assim, a experiência no clube catari foi importante para que o brasileiro pudesse retomar o condicionamento físico para mostrar novamente seu talento.
Quando Philippe Coutinho retornou ao Vasco e qual era o contexto?
Coutinho acertou seu retorno ao Vasco em meados de 2024, chegando com status de maior contratação do clube em décadas para liderar a equipe em um momento de reconstrução. A negociação envolveu esforços da diretoria cruzmaltina para trazer de volta sua ‘cria da base’, já que o clube passa por um momento financeiro complicado.
Empolgado com o retorno, o meia reforçou a ideia de ‘volta para casa’, ressaltando que o amor pelo time e a conexão com suas raízes foram decisivos para a escolha. O Gigante da Colina, por sua vez, buscava uma referência técnica capaz de comandar o time em campo e inspirar os jogadores mais jovens, papel que ele se mostrou pronto para assumir.
Além do impacto dentro de campo, a volta do Pequeno Mágico gerou uma onda de entusiasmo entre a torcida, aumentando o engajamento e a visibilidade do CRVG nas redes sociais. Sua presença simbolizou o resgate de identidade e esperança, representando um reforço para os torcedores em um período de reconstrução.
Logo em seus primeiros jogos, ‘Little Couto’ já se destacava pelo desequilíbrio técnico que imprimia nas partidas. O momento mais simbólico veio com seu primeiro gol após o retorno, justamente no tradicional Clássico dos Milhões, um cenário perfeito para evidenciar seu protagonismo.
Como está o desempenho de Coutinho em 2025 e a relação com a torcida?
Em 2025, Coutinho alterna grandes atuações, com golaços e assistências, e períodos de ausência por lesões, o que gera uma relação de idolatria e esperança, mas também de certa frustração por parte da torcida. Alcançando 100 jogos oficiais disputados pelo Vasco, o meio-campista tem ajudado o Time da Virada no Campeonato Brasileiro.
Peça-chave do Gigante da Colina, o camisa 10 vive atualmente seu melhor momento desde a temporada 2019/20. Em entrevista recente, após marcar um gol decisivo na competição nacional, ele falou a satisfação de poder definir partidas para o clube que o revelou “Eu tava ansioso por esse momento… esse apoio [da torcida] é muito importante sempre”.
Mesmo alcançando 10 gols e quatro assistências, o meio-campista ainda gera preocupação entre os torcedores devido à sua condição física e histórico de lesões. A comissão técnica monitora atentamente seu desempenho, buscando conciliar o aproveitamento de seu talento com cuidados para prevenir novos problemas, garantindo que ele continue se destacando como liderança dentro do time.
O que Coutinho diz sobre seu retorno e os desafios no Vasco?
Em suas entrevistas, Coutinho reforça a felicidade de estar “de volta para casa” e trata o Vasco como o clube que o formou para o futebol, mostrando-se ciente da responsabilidade que carrega. Durante apresentação oficial no Gingante da Colina, ele abriu o coração para se declarar: “É um sentimento de estar voltando para casa. Para o lugar onde fui criado, que eu amo. Para o Clube que eu amo”.
Assumindo um papel fundamental dentro e fora de campo, o camisa 10 sempre faz questão de destacar para a imprensa a conexão profunda que mantém com o clube. Seu comprometimento vai além das atuações: “O Vasco significa relacionado a futebol para mim. É o clube que me criou, que me deu oportunidade para ser jogador… Graças a ele, tive oportunidades, fui campeão em vários lugares e cheguei a Seleção Brasileira“.
Apesar dos bons momentos, o meia-atacante enfrenta desafios constantes relacionados à condição física, que exigem cuidado na preparação e limitações em sua carga de jogos. Além disso, carrega a pressão de liderar um time em reconstrução, equilibrando a responsabilidade de ser referência técnica com a necessidade de preservar sua forma, para que possa continuar contribuindo decisivamente.
Qual é o legado de Coutinho e o que esperar de seu futuro no Vasco?
Com contrato até 2026, Coutinho já solidificou seu lugar como ídolo histórico, e seu futuro é visto como a principal esperança para que o Vasco volte a disputar títulos importantes, dependendo de sua condição física para liderar o time em campo.
Além do impacto dentro de campo, o legado do talentoso atleta também se reflete na inspiração que oferece às novas gerações de jogadores formados em São Januário. Sua trajetória, da base vascaína ao auge internacional e o retorno ao clube, reforça a importância de valorizar a identidade do clube.
Nos próximos anos, é esperado que o ‘Cria da Colina’ assuma um papel ainda mais de liderança, contribuindo para que o Vasco recupere seu protagonismo no cenário nacional. Se conseguir manter regularidade física e desempenho elevado, o meia tem potencial para se tornar não apenas um símbolo da reconstrução do clube, mas também o principal responsável por novas conquistas, confirmando sua posição como ídolo da torcida.
Coutinho pode devolver o protagonismo ao Vasco da Gama?
A carreira de Philippe Coutinho pode ser vista como uma história de altos e baixos marcada por talento, desafios e retornos simbólicos. Revelado pelo Vasco, ele rapidamente se destacou, estreando profissionalmente aos 16 anos e chamando a atenção internacional pela técnica apurada. A partir daí, teve uma ascensão meteórica no futebol europeu, consolidando-se como um dos melhores meias do mundo.
Posteriormente, enfrentou uma queda de rendimento, marcada por lesões e períodos de irregularidade. Esse declínio, no entanto, não apagou seu talento ou sua importância histórica. O reencontro com suas origens no Time da Virada, em 2024, trouxe um novo capítulo à sua carreira: voltando como referência técnica e liderança.
Independentemente dos resultados, o retorno do meia já carrega um valor simbólico imenso, representando a valorização de suas próprias raízes. Mais do que números ou conquistas imediatas, sua volta reforça e reafirma o compromisso da equipe com a tradição de revelar e valorizar jogadores da base.
Brilhando em seu 100º jogo pelo Gigante da Colina, o camisa 10 tem a chance de finalizar a carreira em grande estilo. Será que Philippe Coutinho conseguirá superar os desafios físicos para conduzir o Vasco de volta ao caminho das grandes conquistas? Ou seu retorno ficará marcado mais pelo valor emocional do que por troféus?