Fernando Diniz manteve sua convicção até o fim, apostou na mesma base tática e tentou responder com mudanças ofensivas ao longo do jogo. Ainda assim, a estratégia do treinador do Vasco não foi suficiente para impedir o título do Corinthians, conquistado no Maracanã após um segundo tempo decisivo do time paulista.

Fernando Diniz, técnico do Vasco da Gama em partida pela Copa do Brasil (Foto: Wagner Meier/Getty Images)
© Getty ImagesFernando Diniz, técnico do Vasco da Gama em partida pela Copa do Brasil (Foto: Wagner Meier/Getty Images)

O treinador cruzmaltino repetiu a formação que havia empatado fora de casa contra o Timão, apostando novamente na força física de Rayan e na qualidade técnica de Philippe Coutinho como principais válvulas ofensivas. A ideia era clara: controlar o jogo a partir da posse, acelerar pelos lados e encontrar espaços entre as linhas do Corinthians.

Plano inicial: mesma base e protagonismo de Rayan e Coutinho

Desde o início, o Vasco tentou se impor territorialmente. Rayan foi acionado com frequência para duelos individuais, enquanto Coutinho buscava flutuar entre o meio e o ataque para organizar as ações. O Corinthians, porém, se manteve compacto, organizado e explorando transições rápidas, principalmente pelo lado direito.

Mesmo com mais iniciativa em alguns momentos, o Vasco teve dificuldades para transformar posse em chances claras. O Timão, por outro lado, foi cirúrgico quando encontrou espaços.

Gol do Corinthians força Diniz a mudar tudo

Aos 17 minutos do segundo tempo, o jogo mudou de vez. Breno Bidon fez grande jogada pelo meio, desmontou Cauan Barros, passou pela marcação e acionou Matheuzinho. O lateral encontrou Yuri Alberto em profundidade, que rolou para Memphis Depay empurrar para as redes e marcar o segundo gol corintiano na final.

Imediatamente após o gol, Fernando Diniz promoveu sua principal mudança estrutural: sacou o volante Cauan Barros e colocou Vegetti, abandonando o equilíbrio no meio-campo para apostar em presença de área.

Pouco depois, o treinador foi ainda mais agressivo. Tirou Coutinho, até então um dos organizadores da equipe, e lançou GB, buscando mais mobilidade e volume ofensivo.

Bolas aéreas, abafa final e título alvinegro

Com Vegetti em campo, o Vasco passou a explorar de forma quase exclusiva as bolas aéreas, cruzando constantemente na área em busca do centroavante argentino. A estratégia virou pressão total nos minutos finais.

Aos 42 minutos do segundo tempo, Diniz fez o último movimento de desespero: colocou David e Matheus França, transformando o time em um bloco ofensivo para o abafa final. O Vasco empurrou o Corinthians para trás, mas esbarrou na organização defensiva e na experiência do adversário.

O Corinthians resistiu, administrou a vantagem e confirmou o resultado. Com a vitória, o Timão se sagrou campeão da Copa do Brasil, frustrando a tentativa de reação vascaína e coroando uma campanha marcada por eficiência nos momentos decisivos.