Declaração vergonhosa

“Eu tento, eu busco, eu me movimento, ajudo a equipe. O gol eu acredito que não seja o meu ponto forte, mas faço gol, estou lá para fazer gol. Tanto que eu fiz na seleção. Quando voltar a fazer gol, vai acontecer. É trabalhar. Eu trabalho quieto”.

Gabriel Jesus afirmou que marcar gols não é seu forte. Wagner Meier/Getty Images
© Getty ImagesGabriel Jesus afirmou que marcar gols não é seu forte. Wagner Meier/Getty Images

Esta declaração não é de um zagueiro, nem de um goleiro, e muito menos de um jogador da várzea, essa foi a declaração do centroavante da Seleção Brasileira, titular no clássico contra a Argentina, Gabriel Jesus.

Não há como uma declaração dessa passar despercebida. Afinal qual é a função primordial de um atacante se não marcar gols? Um bom jogador não precisa necessariamente ser um bom finalizador, mas este é um pré-requisito para uma atacante, em especial um centroavante.

Mas o que esperar de uma Seleção que tem um camisa 9 que marcou apenas dois gols em 11 jogos (Richarlison), o outro quatro gols em 11 partidas (G. Jesus)? De defensores que não conseguem marcar? Emerson Royal e Renan Lodi que o diga, viraram piada depois do jogo contra a Colômbia.

Fernando Diniz

E para piorar o quadro que já é complicado, ainda temos um técnico com um estilo que exige tempo para trabalhar, e impor seu estilo e não compreende que o trabalho em uma Seleção exige resultados imediatos.

Fernando Diniz técnico do Brasil durante partida contra o Argentina no estádio Maracanã pelo campeonato Eliminatórias Copa Do Mundo 2026. Jhony Pinho/AGIF

Diniz conseguiu declarar após o jogo contra a Colômbia, que não focava no resultado, mas no modo como a equipe jogou. Talvez por não se importar com o resultado, que a Seleção está correndo um grande risco de ficar fora da Copa do Mundo.

Seleção Brasileira virou frustração?

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Não estamos falando de uma Eliminatória qualquer, dessa vez sete equipes vão se classificar, e a seleção pentacampeã do mundo pode ficar de fora, após perder três jogos consecutivos.

Acho que Diniz não virou a chave sobre o que é ser técnico de clube e técnico da Seleção. Se um clube tropeça no Brasileirão, são 38 rodadas para se recuperar e 12 chances para ao menos se classificar para alguma competição internacional.

Pela Seleção, nas Eliminatórias são dois turnos de nove rodadas cada um, seis rodadas já se passaram e são quatro tropeços, sendo um empate e três derrotas. A repaginada Seleção de Diniz faz a gente sentir falta de Tite e suas figurinhas carimbadas.

A verdade é que a atual fase da Seleção Brasileira, não inspira confiança, não emociona, a frustração é real, o retrato disso estava nos torcedores que pagaram uma grana alta para assistir ao clássico, deixando o Maracanã antes do apito final.

Ancelotti é dúvida, mas eu me pergunto: se ele realmente firmou um acordo verbal com a CBF, será que ele já não pensa em seguir o exemplo de Vítor Pereira e vai preferir cuidar da sogra?

O que pensam os torcedores