Alisson nunca sofreu três gols à frente da Seleção Brasileira de 2015 para cá

Nesta terça-feira (14), o amistoso entre Japão e Brasil, disputado em Tóquio, marcou não apenas um resultado histórico negativo para a Seleção — a virada por 3 a 2 —, mas também evidenciou um contraste entre gerações de goleiros.

Alisson disputou 76 jogos pela Seleção Brasileira desde 2015 e nunca tomou três gols em um jogo
© Getty ImagesAlisson disputou 76 jogos pela Seleção Brasileira desde 2015 e nunca tomou três gols em um jogo

Titular do Brasil nas duas últimas Copas do Mundo e referência da posição nos últimos anos, Alisson, que não foi chamado por Carlo Ancelotti, completou 10 anos desde sua estreia com a Amarelinha e mantém um feito notável: nunca sofreu três gols em uma mesma partida defendendo a Seleção.

Ao longo de 76 jogos, o goleiro do Liverpool foi vazado, mas jamais ultrapassou a marca de dois gols sofridos em um confronto à frente da Seleção Brasileira. O desempenho é ainda mais expressivo quando se observa outro número: 45 partidas sem sofrer gols, goleiro com mais “clean sheets” neste século.

Nova geração já foi ‘vazada’ três ou mais vezes em um jogo pelo Brasil

Enquanto isso, a nova geração ainda busca estabilidade. Hugo Souza, titular na derrota para o Japão, levou três gols em sua estreia como titular sob o comando de Ancelotti. Bento, que havia sido titular contra a Coreia do Sul, também já passou por situações semelhantes — sofreu três gols em duas partidas das cinco que disputou com a Seleção.

Até Ederson, com 29 jogos pela equipe nacional, aparece apenas uma vez na lista de goleiros que sofreram três gols em um mesmo confronto – no revés por 4 a 2 para Senegal em amistoso ainda em 2023.

Hugo Souza e Bento, chamados por Ancelotti nesta Data FIFA, já tomaram 3 gols em um mesmo jogo pela Seleção – Foto: Rafael Ribeiro/CBF

De Júlio César até Hugo Souza, Ederson e Bento: Alisson à frente de todos

A última vez que um goleiro consolidado da Seleção Brasileira havia passado por algo semelhante remonta a Júlio César, durante a fatídica Copa do Mundo de 2014. Naquela edição, o Brasil sofreu os sete gols diante da Alemanha na semifinal e mais três na disputa pelo terceiro lugar contra a Holanda.

Com uma década de serviços prestados e desempenho consistente, Alisson segue como símbolo de segurança no gol brasileiro — um padrão que a nova geração tenta alcançar enquanto ganha experiência no cenário internacional.