Dunga na Seleção

O ex-jogador e técnico da Seleção Brasileira, Dunga, deu uma entrevista à Rádio Craque Neto, e falou sobre o atual momento que vive a Amarelinha. O tetracampeão da Copa do Mundo de 1994 também criticou a ideia de um estrangeiro comandar o Brasil.

Dunga no comando da Seleção Brasileira. Foto: Cristiano Andujar/AGIF
© AGIFDunga no comando da Seleção Brasileira. Foto: Cristiano Andujar/AGIF

Demoramos 24 anos para ganhar a Copa do Mundo e voltamos aos 24 anos. Não é fácil ganhar a Copa do Mundo. Não é do dia para a noite e não é tão simples como as pessoas falam. Tudo tem que dar certo para se ganhar uma Copa do Mundo. Do presidente até o cozinheiro. Tem que ter paciência.”, afirmou.

Técnico estrangeiro na Seleção?

Dunga também falou do atual trabalho do técnico Dorival Júnior no comando da Seleção Brasileira. O ex-jogador reprova mudanças no comando do Brasil e acredita que com o tempo de trabalho o atual treinador irá alcançar sucesso na Canarinho.

“Eu acho que o Dorival está no lugar certo. Se nós formos trazer um treinador estrangeiro, temos que trazer um jornalista, um diretor e um presidente estrangeiro. Quem nos dá segurança que um estrangeiro vai resolver nosso problema?”, questiona Dunga.

Dunga no comando da Seleção Brasileira. Foto: Cristiano Andujar/AGIF

“A gente tem no Brasil a questão das coisas muito imediatas. ‘Ah, o problema é o Dorival’. Ok, se tirar o Dorival vamos ser campeões do mundo? Temos que dar estrutura para o Dorival desenvolver o trabalho.”, acrescentou o ex-treinador à Rádio Craque Neto.

Dunga também acredita que Dorival mereceu ser escolhido pela CBF, já que tem bons trabalhos na carreira: “Ele fez um baita trabalho no Ceará, no Flamengo e no São Paulo. O cara tem capacidade, mas tem que apoiar e dar condições para ele realizar o trabalho.”

Dunga no comando do Brasil

Dunga teve duas passagens como técnico da Seleção Brasileira. A primeira aconteceu em 2006. O treinador foi chamado para comandar o Brasil depois da eliminação na Copa do Mundo daquele ano. Foram 60 jogos disputados, 42 vitórias, 12 empates e seis derrotas.

Já sua segunda passagem no comando da Amarelinha aconteceu depois da Copa do Mundo de 2014, quando o Brasil perdeu de forma vexatória para a Alemanha e Felipão foi demitido. Nessa segunda passagem ele ficou até 2016 e foram apenas 26 jogos, 18 vitórias, cinco empates e três derrotas.