A virada sofrida pelo São Paulo diante do Palmeiras, em outubro deste ano, pelo Brasileirão, ainda ecoa como um daqueles jogos em que o resultado final não reflete totalmente o que foi construído em campo.

Jogando no Morumbis, o Tricolor abriu dois gols de vantagem no primeiro tempo, controlou boa parte das ações iniciais e parecia caminhar para uma vitória marcante sobre o rival. No entanto, a postura da equipe após o intervalo acabou sendo decisiva para a mudança completa do cenário.
Como foi o jogo
Do lado são paulino, a queda de rendimento na segunda etapa expôs uma dificuldade recorrente em sustentar vantagens em jogos de alta pressão. O time voltou do vestiário menos intenso, permitiu que o Palmeiras crescesse emocionalmente e passou a oferecer espaços que não existiam antes do intervalo. O placar que era confortável rapidamente se tornou uma fonte de insegurança, abrindo caminho para a reação alviverde e para a derrota por 3 a 2.
Revelações do Abel
Em participação ao Acesso Total, do SporTV, Abel Ferreira revelou detalhes do intervalo daquele confronto, explicando como trabalhou o aspecto mental de sua equipe.
Enquanto o São Paulo carregava o peso de um primeiro tempo dominante que não se transformou em controle definitivo do jogo, o rival optou por reiniciar o duelo emocionalmente, tratando os 45 minutos finais como uma nova partida. A estratégia acabou surtindo efeito dentro de campo.
A leitura feita no vestiário palmeirense contrastou com o impacto psicológico sentido pelo Tricolor. O gol sofrido logo no início da etapa final recolocou o Palmeiras no jogo e aumentou a pressão sobre o São Paulo, que passou a errar mais, perder duelos e demonstrar ansiedade na saída de bola.
Relatos posteriores de jogadores do Palmeiras reforçaram como a abordagem tranquila e objetiva do treinador foi determinante. Para o São Paulo, ficou a lição de que vantagens construídas em clássicos exigem não apenas organização tática, mas também maturidade mental para atravessar momentos de instabilidade.