Orçamento limitado e movimentações ousadas no mercado

O São Paulo vem buscando realizar uma recuperação financeira no clube e, por conta disso, terá um orçamento mais modesto em 2025. Mas, isso não vem impedindo o clube de realizar sondagens por jogadores de renome no futebol internacional.

Casares abre o jogo sobre situação do São Paulo em 2025
© Ettore ChiereguiniCasares abre o jogo sobre situação do São Paulo em 2025

Isso porque, o nome de Dybala foi especulado recentemente nos bastidores do Tricolor. Apesar de ter um apoiador para isso, a chegada do jogador vai contra todo o discurso que vinha sendo adotado nos bastidores.

A equipe paulista ainda buscou a contratação de Diego Valdés, mas acabou recuando diante dos valores da negociação. Apesar disso, o presidente Julio Casares minimizou as previsões pessimistas em relação a próxima temporada. Apontando que Luis Zubeldía terá uma equipe competitiva no próximo ano.

Projeção para o próximo ano, em busca de evolução

“O São Paulo foi sexto colocado no Brasileirão, há muito tempo não se classificava direto para a fase de grupos da Libertadores. Como é que esse elenco, que não vai ser o mesmo, vamos fazer algumas mudanças, mas como esse mesmo elenco agora pode ter risco de rebaixamento? Não sei se é uma análise de terror, uma análise precipitada, de colocar, de povoar a instabilidade, mas quando leio isso penso que não é possível”.

A equipe paulista não terá um grande orçamento para realizar investimento em contratações. Com isso, a gestão e comissão técnica devem utilizar mais as categorias de base. “Não é que o fundo é rígido, existe um teto. Muita gente pergunta ‘e a dívida que aumentou?’. É claro que aumentou, porque nós estávamos mantendo esses jogadores”.

Zubeldia terá que atuar com ajuda da base – Foto: Anderson Romão/AGIF

“O São Paulo foi o clube que menos vendeu atletas. Quando tinha uma possibilidade, o Pablo [Maia] se machucou. Muita gente não sabe da venda do Beraldo. Ficamos apenas com 60%, porque já tinham outros percentuais com empresários. Às vezes a receita que é anunciada não tem o valor líquido, ninguém sabe, só quem está no caixa, gerindo o caixa, que sabe. Esse é um processo, por isso que estamos pensando de forma estratégica. Mas, acho que vai dar para fazer um time competitivo”.

A base deve ser determinante

Apesar de ter que utilizar a base no próximo ano, o técnico Luis Zubeldía precisará utilizá-los com cautela buscando a lapidação de modo que performam no profissional. Com cautela para evitar queimar jogadores por utilizá-los de forma precipitada.

“Fizemos uma janela onde vieram dez jogadores, Bobadilla, grande jogador, de nível internacional, Erick, André Silva… Acredito que esses jogadores, o Ferreira também, todos que vieram, poderão, junto com alguns ajustes pontuais, fazer um São Paulo competitivo, sem esquecer também da base. Claro que não vamos ficar lançando jogadores, a comissão técnica que tem que saber o momento certo para o atleta aparecer, mas vai ter que aparecer. No nosso plantel 40% dos atletas vieram daqui de Cotia, e precisamos voltar às nossas origens. O São Paulo chegou em finais em todas as categorias de base. Isso é importante”, concluiu.