Queda de espaço e perda de confiança
O técnico Juan Pablo Vojvoda mudou completamente a dinâmica do meio-campo do Santos desde sua chegada. João Schmidt e Zé Rafael se tornaram pilares absolutos da equipe, sustentando o time em minutos, consistência e intensidade. Nos últimos jogos, Willian Arão elevou seu nível e assumiu de vez a terceira vaga, formando o trio preferido do treinador na reta decisiva do Brasileirão.

Com essas escolhas, Tomás Rincón simplesmente desapareceu das partidas. A última vez que o venezuelano entrou em campo foi no dia 5 de outubro, na derrota por 3 a 0 para o Ceará, quando foi improvisado na vaga de Barreal.
O volante, que chegou a ser peça importante em outras comissões, foi substituído ainda no intervalo e desde então nunca mais voltou a receber oportunidades no time principal.
Período sem jogar e recuperação física
Após aquele jogo, Rincón ainda enfrentou um edema na panturrilha esquerda, desfalcando o Santos em três rodadas. No entanto, já recuperado, ele permaneceu no banco em todos os jogos seguintes: Fortaleza, Palmeiras, Flamengo e Mirassol. Mesmo disponível, Vojvoda optou por não utilizá-lo, reforçando a ideia de que o venezuelano saiu completamente dos planos imediatos.
A escolha também passa pelo estilo de jogo. Vojvoda prioriza intensidade, mobilidade e participação constante na construção ofensiva, características que hoje favorecem João Schmidt, Zé Rafael e Arão. Rincón, com perfil mais posicional e menos dinâmico, não se encaixa no modelo que o argentino busca implementar nas últimas rodadas.
Em 2025, Rincón soma 30 partidas, sendo 16 pelo Brasileirão, mas perdeu espaço conforme o campeonato avançou. No total pelo Santos, acumula 74 jogos e dois gols desde que chegou. O venezuelano tem contrato até dezembro de 2026, mas seu futuro passa a ser uma incógnita caso o cenário atual se mantenha na virada da temporada.
Reta final decisiva sem o ‘general’
Com o Santos lutando contra o rebaixamento e enfrentando confrontos diretos nas últimas rodadas, Vojvoda já sinalizou que irá manter a espinha dorsal atual. A tendência é que Rincón siga apenas como opção de emergência, abrindo caminho para uma reta final sem participação do experiente volante.