Contratação cara e rendimento abaixo do esperado
O Santos apostou alto em Thaciano, mas o retorno está longe do ideal. O meia-atacante, comprado por 4,5 milhões de euros (cerca de R$ 32 milhões), não se firmou na equipe e vive uma das piores fases da carreira. Até aqui, soma apenas 384 minutos em campo no Brasileirão Betano, o equivalente a pouco mais de quatro partidas completas.
Com 30 anos, o jogador foi titular apenas uma vez, contra o Grêmio, e entrou em outros 13 jogos de forma discreta. Marcou um gol contra o Bahia, na Vila Belmiro, mas não conseguiu manter o bom desempenho. A falta de ritmo e a irregularidade técnica fizeram com que perdesse espaço nas últimas semanas.
Críticas da torcida e desconfiança interna se tornaram rotina. A diretoria esperava que o camisa 16 fosse peça importante no meio-campo, mas a realidade é outra: Thaciano virou uma incógnita no elenco, sem papel definido nem perspectiva de retomada imediata.
Vojvoda tenta resgatar confiança e espaço
Desde a chegada de Juan Pablo Vojvoda, o meia ganhou pequenas oportunidades, mas não aproveitou como o esperado. O argentino testou o jogador em diferentes posições — como armador e até mais adiantado —, mas os resultados seguem abaixo. A falta de intensidade e de adaptação ao modelo ofensivo travam o rendimento do time.
No Paulistão, Thaciano havia mostrado lampejos de qualidade, marcando dois gols em 11 jogos. Porém, no Brasileirão Betano, a queda de desempenho foi notável. A diretoria acredita que o problema é mais mental do que físico e vê o caso como um desafio de reconstrução de confiança.
Internamente, há quem defenda o empréstimo do jogador em 2026 para aliviar a folha salarial. O valor investido e o longo contrato até 2028 pesam contra uma rescisão imediata, mas o cenário atual aponta para um afastamento gradual do elenco principal.
De promessa esquecida a reforço frustrante
Natural de Campina Grande, Thaciano conhece bem a Vila Belmiro. O jogador já havia passado pelo Santos em 2016, quando atuou pelo Sub-23 e marcou cinco gols na Copa Paulista. Na época, chegou a treinar entre os profissionais e disputar um amistoso contra o Kenitra, do Marrocos, mas não se firmou e deixou o clube sem deixar saudades.
Depois disso, construiu carreira no Grêmio e Bahia, alternando bons e maus momentos. No Peixe, voltou cercado de expectativa, mas o tempo mostrou que o encaixe técnico e tático nunca aconteceu. Hoje, é símbolo de um investimento alto que não deu retorno esportivo.
Com o Santos tentando se afastar da parte de baixo da tabela do Brasileirão Betano, o futuro de Thaciano parece cada vez mais incerto. A paciência da torcida chegou ao limite, e a diretoria já avalia alternativas para 2026, com novas contratações e possíveis saídas.