O Santos não fez um bom início de temporada e isso culminou na troca do comando técnico. Saiu Fábio Carille e chegou o argentino Fabián Bustos. O Peixe não conseguiu a classificação para o Campeonato Paulista e está se preparando para os inícios do Campeonato Brasileiro e da Copa Sul-Americana.

Andrés Rueda, presidente do Santos (Foto: Pedro Ernesto Guerra Azevedo/Santos FC)
© PEDRO ERNESTO GUERRA AZEVEDOAndrés Rueda, presidente do Santos (Foto: Pedro Ernesto Guerra Azevedo/Santos FC)

O Peixetenta se mexer no mercado em busca de reforços, mas tem parado em valores e moldes de negociações. A torcida está bem crítica aos movimentos (ou falta deles) da diretoria. Em entrevista à Rádio 365, o presidente Andrés Rueda, revelou os verdadeiros motivos para não conseguir contratações.

“Meu grande legado seria colocar travas no nosso estatuto para que as próximas gestões não consigam quebrar o clube. Um exemplo: quem não paga imposto recebe advertência e depois é rua. Expulsão. Não adianta expulsar depois. Deixaram de pagar impostos por um ano e virou R$ 60 milhões. Fizemos acordo e pagamos uma bala por mês. Poderia ser dinheiro para jogador. Vocês acham que eu gosto da pressão de não contratar? Não sou masoquista, pô. Queria trazer quatro, cinco ou seis jogadores para disputar títulos e ir para frente, mas não temos como contratar Cueva e Bryan Ruiz da vida, chegar em segundo e quebrar o clube. A salvação é travar ao máximo no estatuto as gestões de má fé”, disse o presidente.
Willian Maranhão foi um dos contratados do Santos
(Foto: Alessandra Torres/AGIF)

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“Com nosso convívio com outros clubes, percebemos uma nova geração de dirigentes. Vemos pouco a pouco clubes que dão ênfase à gestão, preocupados com o financeiro. Esse é o caminho. Se não for assim, matarão a galinha dos ovos de ouro. Se bem gerido, todos podem ficar satisfeitos. Se eu quiser hoje contratar um jogador e dizer que pagarei 50 milhões, posso fazer. Esse é o problema. Contrataram o Soteldo e não pagaram. É liberdade demais no executivo sem responsabilidade financeira em cima dos atos. Não dá para contratar sem dinheiro para agradar torcida. E pior: não agrada. Não ganharam nada e colocaram clube em insolvência. Temos que engessar mais o executivo. Sou presidente, mas não tenho direito de quebrar o clube. O grande problema nosso é que os presidentes fizeram o que bem entenderam. E hoje sofremos consequências”, completou.

“A torcida está brava e com razão comigo, já pedi desculpas, mas pelo futebol. As últimas gestões eram criticadas por desvio de conduta e coisas eticamente incorretas e ilegais. Eu fico orgulhoso. Futebol a gente corrige, colocamos no eixo de novo buscando competência. E eu tenho total confiança no nosso técnico e nosso executivo de futebol e teremos em breve os resultados que a torcida espera”, concluiu.