Robinho falou pela 1ª vez como é a rotina de prisão
Preso desde março de 2024 na Penitenciária 2 de Tremembé, no interior de São Paulo, o ex-jogador Robinho falou publicamente sobre sua rotina na unidade prisional pela primeira vez nesta terça-feira (28).

Condenado a nove anos de prisão por estupro coletivo, decisão homologada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), o ídolo do Santos negou qualquer tipo de privilégio ou tratamento diferenciado no presídio, conhecido por abrigar detentos condenados em casos de grande repercussão.
“Aqui o objetivo é reeducar, ressocializar aqueles que cometeram erro. Nunca tive nenhum tipo de liderança aqui. Aqui quem manda são os guardas e nós, reeducandos, obedecemos”, afirmou Robinho.
Declarações de Robinho foram divulgadas por Conselho de Taubaté
As declarações foram divulgadas nesta terça-feira (28) pelo Conselho da Comunidade de Taubaté, entidade criada por iniciativa da juíza Sueli Zeraik para acompanhar rotinas e projetos dentro do sistema prisional.
O vídeo responde a relatos publicados no livro “Tremembé, o presídio dos famosos”, do jornalista Ulisses Campbell, que descreve supostos privilégios e hierarquias entre presos de diferentes origens sociais.
No vídeo, Robinho contesta a existência de diferenciações no tratamento entre ele e os demais detentos. “Todos são tratados da mesma forma. Não sou tratado de forma diferente porque fui jogador de futebol, pelo contrário. Estou aqui há um ano e meio e nunca teve nenhum tipo de briga, nem mesmo nos jogos de futebol que a gente faz no campo de terra”, disse.
O ex-jogador também negou relatos de que enfrentaria problemas psicológicos ou de saúde. “As mentiras que têm saído, de que sou liderança ou que tenho problema psicológico… Nunca precisei tomar remédio. Apesar da dificuldade que é estar numa penitenciária, graças a Deus sempre tive cabeça boa.”
Aposentadoria do futebol e detenção posterior
Aos 41 anos, Robinho está aposentado desde 2020, quando atuou pela última vez pelo Istanbul Basaksehir, da Turquia. O futebol, porém, segue presente na rotina do ex-atacante, que participa de partidas internas entre detentos.
Desde a homologação da pena, a defesa do ex-atleta apresentou recursos ao STJ pedindo sua soltura. O primeiro julgamento foi iniciado em setembro do ano passado, suspenso por pedido de vista e retomado em novembro, quando o recurso foi rejeitado por 9 votos a 2.