Nem mesmo a vitória do Santos, diante do Bahia, conseguiu evitar perguntas polêmicas na coletiva pós-jogo. O 3 a 0 na Vila Belmiro, nesta quarta-feira (10), foi construído no mesmo dia em que um escândalo de manipulação de resultados comoveu o país. A Operação Penalidade Máxima II investiga inúmeros atletas da Série A do Brasileirão, como o zagueiro Eduardo Bauermann, que virou tema de comentários do técnico Odair Hellmann em entrevista.

Foto: Ivan Storti/Santos FC - Odair e Bauermann viram tema de coletiva
Foto: Ivan Storti/Santos FC - Odair e Bauermann viram tema de coletiva

 

Quando questionado sobre a situação em que o defensor do Santos é investigado, o treinador da equipe foi sincero e contou um detalhe sobre a infância do jogador. Segundo o próprio Odair, os dois se conhecem desde quando o zagueiro tinha 10 anos, o que provoca uma maior lamentação por parte do professor. Segundo o técnico, mesmo muito triste com as revelações que surgem da ação do MP-GO, os possíveis condenados precisam ser punidos.

"Todos ficamos tristes. Conheço o Eduardo Bauermann desde os 10 anos de idade. É um companheiro, atleta que vocês conhecem, vocês têm a mesma análise a respeito dele. Mas, como com qualquer ser humano que cometeu o erro, que primeiro sendo julgado, comprovado, que pague a sua pena, que tenha a responsabilidade, serve para nós todos", expôs Odair.

Agif/Abner Dourado - Santos venceu com gol de ngelo

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Ainda na coletiva, Odair valorizou a vitória como um símbolo de que o esporte não vai parar em meio a essa crise ligada aos escândalos de apostas. O treinador do Santos argumentou que as investigações devem servir de aprendizado para os profissionais seguirem o melhor caminho, trilhando o caminho da ética no futebol

"Temos que seguir adiante, somos profissionais e a resposta foi hoje. Grupo concentrado para vir para campo e render. Claro que deixa triste, não há tristeza minha maior, de vocês, do torcedor. É uma tristeza geral pelo processo todo, tomara que esse passo sirva de exemplo para corrigir o rumo. Mas que a gente possa pegar para nós todos do futebol e sirva de exemplo para trilhar um caminho que o esporte nos traz. Tristeza ficou lá, parte jurídica ficou lá... Temos que trabalhar, treinar, concentrar e entregar o melhor dentro do campo. Foi o que a gente fez", finaliza o técnico do Santos.