Nesta quarta-feira (19), o jogador Robinho, ex-Santos, e seu amigo, Ricardo Falco, foram condenados, na Corte de Cassação da Itália, que é a última instância do judiciário italiano. Os dois eram acusados, desde 2017, por violência sexual em grupo e nesta manhã de quarta-feira, os advogados de Robinho apresentaram o último recurso possível para tentar reverter a condenação.
No entanto, o último recurso do jogador foi negado, durante julgamento que ocorreu na Corte de Cassação de Roma. Robinho e Ricardo Falco foram arrolados no artigo “609 bis” do código penal da Italia, que se refere a participação de duas ou mais pessoas reunidas para o ato de violência sexual. A Corte de Cassação de Roma condenou ambos a 9 anos de prisão e a sentença deve sair em 30 dias.
Apesar da condenação em última instância já definida, Robinho e seu amigo, Ricardo Falco, não deverão ser presos, já que, de acordo com a Constituição de 1988, os brasileiros não podem ser extraditados. Além da Constituição de 1988, existe um acordo chamado de tratado de cooperação judiciária em matéria penal entre Brasil e Itália, que não prevê que uma condenação expressa pela justiça italiana seja aplicada no Brasil.
Dessa maneira, Robinho e Falco só correm o risco de serem presos se viajarem para território internacional. Isso não se limita apenas à Itália, já que Robinho poderia ser preso também em qualquer país pertencente à União Europeia, devido aos acordos expressos da União. Para isso acontecer, basta que a Justiça italiana emita um pedido internacional de prisão do ex-jogador. O jogador ainda tinha esperanças de provar sua inocência e retornar ao Santos, no entanto, a equipe santista não deve aceitar o retorno do jogador.
