A estreia de Lisca sob o comando do Santos foi marcada por críticas do treinador sobre a preparação do Clube para o jogo do último domingo (24), contra o Fortaleza, na Arena Castelão. O Peixe empatou com o Leão por 0 a 0 fora de casa e fechou o primeiro turno do Brasileiro em 9º lugar, com 26 pontos.
O treinador desabafou sobre a logística enfrentada por toda a delegação antes do duelo com o tricolor cearense. “O Santos tem uma equipe maravilhosa, muito competente, na área da fisiologia, recuperação física, mas eu me assustei. E também com a viagem na véspera. Eu trabalhei aqui. Saímos do CT às 14h e chegamos aqui às 22h30. Primeira coisa que pedi, mas tem o Fortal (um festival) aqui também. O nosso hotel estava lotado. Todo mundo de abadá. Nós chegamos para trabalhar, e os caras fazendo festa, bebendo na porta. Mas não conseguimos voo, hotel. E eu me desesperei. Minha estreia! Com toda essa dificuldade! Foi uma gincana“, disse.
O treinador alvinegro pediu sacrifício aos atletas, para que pudessem melhorar a preparação antes dos jogos. Lisca usou o exemplo de grandes nomes do esporte mundial para implantar seu trabalho e instaurar modificações em relação a como a questão ‘jogos fora de casa’ eram levadas pelo trabalho anterior.
“Começou errado depois do jogo de quarta. A recuperação não pode ser na quinta. O sono é o maior recuperador que um jogador pode ter. O Inaldo, fisiologista, mostrou uma reportagem que o LeBron dorme 12 horas por dia, o Usain Bolt dez horas por dia. Eles dormem para se recuperar, parecem ursos. Vamos melhorar, falei com os jogadores sobre isso. Se não tivermos a capacidade de vir dois dias antes, o jogador se sacrificar um pouco…o Santos é um gigante, você tem que se preparar muito bem para a partida“, finalizou. Com 26 pontos, o Santos inicia o returno contra o Fluminense, no dia 1º de agosto, às 20h, na Vila Belmiro.