Um dos filmes recentes que abordam o poker é “A Grande Jogada”, produzido em 2017 pela “Sony Pictures”. A obra conta a história de Molly Bloom, uma ex-esquiadora olímpica que após uma grave lesão passou a organizar sessões de “cash game”. Neste cenário ela se tornou a princesa do poker, reunindo na mesma mesa algumas celebridades de Hollywood, empresários muitos ricos e até mesmo membros da máfia russa e italiana.
Depois de algum tempo no negócio, Molly passou a cobrar um “rake” entre 1% a 5% em relação aos potes, o que é proibido por lei em alguns locais dos Estados Unidos, como em Nova York, onde ela era a responsável pelo jogo no luxuoso Plaza Hotel. A medida gerou problemas com a justiça e quase levou a organizadora a prisão, mas antes disso ela passou por um apuro bem grave com a máfia italiana.
A história contada em recente entrevista ao podcast “The Diary Of A CEO” e repercutida pelo site “PokerNews” se assemelha ao que ocorre no filme. Molly contou que estava ganhando muito dinheiro nos jogos, isso porque os potes administrados eram realmente grandes, assim ela chegou a lucrar uma média de US$ 20.000 por dia. Ainda de acordo com o que disse, recebeu uma ligação aparentemente um mafioso dizendo que esse dinheiro deveria ser compartilhado com eles.
A recusa pela divisão dos proventos gerou um dos episódios mais perigosos que Molly viveu. “Eles mandaram um cara assustador para o meu apartamento que colocou uma arma na minha boca, algo que você nunca esquece, e ele me deu uma surra e levou tudo no meu cofre, incluindo fotos, algumas coisas que eu tinha da minha avó”, disse a organizadora dos jogos que sofreu um processo da justiça, mas acabou sendo liberada da prisão.