Na Idade Média as cartas do baralho eram tratadas como objeto de feitiçaria, o Ás de espadas era considerado um símbolo da morte inclusive. Diz a história que foram os franceses quem introduziram os quatro naipes usados até hoje (ouros, copas, espadas e paus), mas o que pouca gente sabe é que já existiu um quinto naipe.
No final da década de 1930, a United States Playing Card Company foi um dos vários fabricantes a lançar um baralho de 65 cartas. Nele além das 13 cartas de cada naipe tradicional constavam outras 13 no naipe da águia, impresso em verde ao invés de vermelho ou preto. Na Inglaterra o quinto naipe usava um símbolo de coroa e era azul.
Segundo o historiador de cartas de baralho Andrew Ward esse quinto naipe foi criado pelo psicólogo vienense Walter Marseille para usar no jogo de bridge, tornando a ação mais complexa e interessante. A produção do novo baralho foi esgotada rapidamente, mas segundo a cobertura da mídia na época o uso das 65 cartas não caiu no gosto das pessoas.
A peça virou obra de colecionar e quem possui um garante que existem instruções para um jogo de poker onde o “Five of a Kind”, ou seja, cinco cartas de naipes diferentes, era uma mão vitoriosa. Termos hoje esquisitos como rainha ou rei de águia seriam normais nesse jogo. A Modern Encyclopedia of Card Games de Hoyle faz uma referência passageira a essa curiosidade.
Agora, já pensou se essa moda tivesse pegado? O poker e outros jogos de baralho como conhecemos nunca mais seriam os mesmos. A infinidade de jogos possíveis seriam muito maiores, fazer um full-house, um flush, uma sequência, ou trinca não seriam tão difíceis, o complicado mesmo seria montar esse tal “Five of Kinds”.
Quem é o melhor jogador de poker da história?
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