Com o fim da Olímpiadas de Tóquio começa ainda neste mês de agosto os jogos paralímpicos, realizados também na capital do Japão. São várias modalidades adaptadas para as mais diversas deficiências. O poker não faz parte dessa festa da inclusão, mas também respira fundo quando o assunto é esse.
João Paulo Trindade é um brasiliense portador de ELA (Esclerose Lateral Amiótrofica), doença mundialmente conhecida através do físico Stephen Hawking, que também era portador. Esta enfermidade afeta o sistema nervoso de forma degenerativa e progressiva chegando até a uma paralisia motora irreversível. O trágico diagnóstico limita João em várias atividades, mas não no poker, esporte onde ele já conseguiu grandes resultados.
Talvez o maior deles tenha ido muito além do que qualquer ganho financeiro. O jogador emocionou o mundo do poker por duas vezes quando participou das edições do BSOP Brasília de 2018 e de 2020, está a última etapa presencial do campeonato Brasileiro de poker. No evento disputado entre os dias 30 de janeiro e 4 de fevereiro do ano passado ele ficou em oitavo no torneio Last Chance, premiando R$ 1.760.
A presença de João Paulo nos feltros do poker live só pode ser realizada graças ao suporte do BSOP e a colaboração do sobrinho dele, João Vitor, que mostra as cartas ao tio e realiza as ações de acordo com o piscar dos olhos do jogador. Apesar de não ser profissional, o atleta da mente faz cursos e mentorias e até mesmo joga online para um time.
É no Midas Poker Team que ele desenvolve o jogo atrás da tela de um computador e usando um dispositivo especial que identifica as jogadas através dos olhos dele. João já foi até campeão, em 2018 venceu o Hotter US$ 22 do PokerStars e faturou na época US$ 11.215. Nas redes sociais ele divulgou um colchão pneumático que lhe proporciona jogar por horas.
O poker um dia pode se tornar um esporte olímpico?
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