Uma das modalidades de poker que mais cresceram nos últimos anos foi o PLO5, sigla para Pot-Limit Omaha 5 Cards, uma variação do tradicional Omaha de quatro cartas, mas com um grande plus, nele os jogadores recebem uma carta a mais. Experiente nesse tipo de jogo, Thiago Paulo é conhecido nas redes sociais como “Five Cards Secrets”, ele também tem um curso especial sobre essa vertente e revelou cinco dicas para melhorar o seu jogo.

Thiago Paulo é um craque no PLO5 (Foto: Reprodução instagram oficial Five Cards Secrets)
Thiago Paulo é um craque no PLO5 (Foto: Reprodução instagram oficial Five Cards Secrets)

Entender a essência da modalidade

Essa é a primeira coisa a se entender quando começa a jogar o Five Cards. Existem assuntos bem específicos como a equidade das mãos no pré-flop são bem mais próximas se comparadas a do No-Limit Texas Hold´em. Por exemplo o AA é 80% contra 20%, mas no Five Cards tem AA que é coin-flip contra outras mãos especulativas.

Nesta modalidade temos uma variância muito grande porque existe um envolvimento muito grande no pós-flop. São diversas, milhares de combinações possíveis com o board. Além disso, é preciso entender qual é o perfil dos adversários nos aplicativos. São geralmente jogadores bem recreativos e agressivos.

Seleção range pré-flop

Apesar das equidades serem próximas no pré-flop a ideia não é ir de all in sempre. Temos que saber jogar o pós-flop também. É imprescindível selecionar um bom range no pré-flop e assim chegar no pós-flop com bastante segurança. A ideia é mãos fortes, procurar cartas altas, pares altos, possivelmente com uma conexão, tendo ali pelo menos três “broadways” (AKQJ) e tentar ter um potencial de flush de alto com A ou K suited.

Entender a matemática do jogo

No Five Cards muitas situações temos que nos colocar em all in por estar com um “draw” (pedida) muito forte. A gente vai conectar muitas vezes com o board de forma que a gente vai ter muitas vezes que colocar as fichas no pano. E dessa forma temos que entender conceitos de odds, da relação de pot-odds, se o nosso investimento, vai ter um retorno positivo. Saber quando vale a pena dar um call no draw e se o valor esperado é o suficiente.

Gestão bankroll

Como essa é uma modalidade onde a variância é mesmo muito grande é natural um período de downswing, por isso é preciso uma gestão adequada de bankroll se não o jogador vai acabar quebrando muito rápido. Eu considero que a gestão de bankroll é muito importante por tudo isso e como dica acredito que o leitor deve ter pelo menos 50 buy-ins médios nos limites que está sendo jogado.

Controle emocional

Um dos maiores vilões no Five Cards é o mindset, o controle emocional, não tiltar. O jogo tem muito envolvimento, pot-odds, não existe aquela chamada “monotonia” do No-Limit Texas Hold´em. Nesta modalidade tem envolvimento toda hora e muitas vezes passa aquele sentimento frequente de bad beat, porque não entendemos a equidade das mãos, porque achamos que estamos sempre na frente e na verdade a vantagem é bem pequena.

Sendo assim a gente vai ficar em um perde ganha muito grande, uma verdadeira montanha russa e isso vai afetando o emocional, vai deixando nervoso, alterado. Saber gerir esses sentimentos é muito importante para jogar o Five Cards. Tem que saber que vai ter esse envolvimento, por isso essa última dica é a mais importante!