O poker é conhecido no Brasil como um esporte da mente desde o início da década passada. A luta de entidades como a CBTH (Confederação Brasileira de Texas Hold´em) sempre foi a de diferenciar o mais nobre dos jogos de baralho dos chamados jogos de azar. No entanto, uma proposta de lei do senador Eduardo Girão (Podemos-CE), alinha os clubes de poker com agências lotéricas, jóquei clubes e casas de apostas.
O motivo é que o projeto prevê que essas instituições sejam obrigadas a apresentarem de maneira clara e direta a mensagem: “A prática de do jogo pode viciar e provocar problemas emocionais ou financeiros”. A informação foi publicada pelo portal “igaminbrazil” e justificada pelo autor do projeto de acordo com os riscos à saúde que os jogos podem provocar nos praticantes. Desde 1992 a dependência em jogos integra a lista do Código Internacional de doenças (CID) da Organização Mundial da Saúde (OMS).
De acordo com a publicação do “igamingbrazil”, apenas no primeiro semestre deste ano, os brasileiros movimentaram US$ 2,7 bilhões em jogos. São cerca de 101 milhões de jogadores no país, números que colocam o Brasil como o 5º maior na lista de “gamers” segundo a Newzoo, especialista em dados de jogos. A movimentação financeira dos apostadores tupiniquins coloca o país em 10º no mercado no período entre janeiro e julho de 2022.
Poker é esporte da mente
Notadamente o poker precisa ser distinguido de outros setores como apostas esportivas, jóquei clubes e as loterias. O motivo é que o jogo de cartas não depende única e exclusivamente da sorte. Estudos já comprovaram que cerca de 70% das mãos em sessões de poker não chegam ao showdown, ou seja, quando as cartas são reveladas. Através de padrões de apostas e muita habilidade, mãos perdedoras podem vencer outras melhores.
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