Palmeiras desembolsou fortuna e ainda pode pagar mais ao Barcelona

O Palmeiras fechou uma das maiores negociações da história recente do futebol brasileiro para contratar Vitor Roque. O clube adquiriu 80% dos direitos econômicos do atacante por 25,5 milhões de euros — valor equivalente a cerca de R$ 152 milhões na época da compra. Os 20% restantes seguem com o Barcelona, que ainda pode lucrar em caso de venda futura.

SP – SAO PAULO – 15/10/2025 – BRASILEIRO A 2025, PALMEIRAS X BRAGANTINO – Vitor Roque jogador do Palmeiras comemora seu gol durante partida contra o Bragantino no estadio Arena Allianz Parque pelo campeonato Brasileiro A 2025. Foto: Marcello Zambrana/AGIF
© Marcello Zambrana/AGIFSP – SAO PAULO – 15/10/2025 – BRASILEIRO A 2025, PALMEIRAS X BRAGANTINO – Vitor Roque jogador do Palmeiras comemora seu gol durante partida contra o Bragantino no estadio Arena Allianz Parque pelo campeonato Brasileiro A 2025. Foto: Marcello Zambrana/AGIF

Mesmo com a operação recorde, o Verdão incluiu no contrato cláusulas que preveem repasses adicionais ao clube espanhol, dependendo do valor de uma eventual transferência. A estrutura do acordo mostra que o Barcelona manteve uma fatia estratégica sobre o potencial de valorização do atleta.

Em caso de venda futura, o Palmeiras precisará compartilhar parte do lucro, com percentuais que variam conforme o valor da negociação. O modelo é semelhante ao utilizado em acordos de grandes transferências internacionais.

Cláusulas de revenda beneficiam o Barcelona

Caso o atacante seja vendido por até 34,9 milhões de euros (aproximadamente R$ 219,9 milhões), o Palmeiras repassará ao Barcelona 10% dos seus 80% dos direitos. Já em uma venda entre 35 e 40,9 milhões de euros (R$ 220 milhões a R$ 257,6 milhões), o repasse sobe para 15%.

Se a transferência ultrapassar 41 milhões de euros (R$ 258 milhões), o Verdão precisará destinar 20% de sua parte ao clube espanhol. Na prática, o Barcelona seguirá recebendo um percentual relevante sobre qualquer futura valorização de Vitor Roque, mesmo sem mantê-lo em seu elenco. A engenharia financeira da negociação reflete o alto potencial de mercado do atacante, considerado uma das maiores promessas do futebol brasileiro.

Metas de desempenho podem gerar novos bônus ao clube espanhol

O contrato também prevê três metas específicas que, se atingidas, farão o Palmeiras desembolsar valores adicionais ao Barcelona. A primeira prevê o pagamento de 1 milhão de euros (R$ 6,3 milhões) caso Vitor Roque seja eleito um dos três melhores jogadores da Copa do Mundo de Clubes.

Se o Palmeiras conquistar o torneio mundial e o atacante participar de pelo menos 60% dos jogos, o clube precisará pagar mais 2 milhões de euros (R$ 12,6 milhões). A terceira cláusula é ainda mais ambiciosa: se Vitor Roque for eleito Bola de Ouro ou FIFA The Best enquanto atuar pelo Verdão, o Barcelona receberá outros 2 milhões de euros. Essas metas, embora desafiadoras, refletem a confiança do Palmeiras no talento e no potencial internacional do jovem atacante.

Atacante deu a sua opinião – Foto: David Ramos/Getty Images.

Negócio é um marco na história financeira do Verdão

O contrato de Vitor Roque é considerado um dos mais complexos e caros já firmados por um clube brasileiro. Além do valor de compra e das metas, a diretoria alviverde planeja valorizar o jogador esportiva e financeiramente, projetando uma futura venda para o mercado europeu.

Internamente, o Palmeiras entende que o investimento é alto, mas sustentável dentro da estratégia de crescimento do elenco e da marca global do clube. Vitor Roque já é tratado como uma das principais peças do projeto esportivo para 2026.

A expectativa é que o atacante, ainda jovem, se consolide como referência no ataque e amplie a vitrine internacional do Verdão no Brasileirão Betano e em competições continentais.