A venda de Aníbal Moreno ao River Plate não foi apenas uma decisão técnica do Palmeiras. Por trás da negociação, existia um fator contratual decisivo que acelerou a saída do volante argentino ainda em 2025.
Quando adquiriu Aníbal Moreno junto ao Racing, no fim de 2023, o Palmeiras pagou 7 milhões de euros e aceitou cláusula específica no contrato: caso o jogador não fosse vendido até 31 de dezembro de 2025, o clube paulista teria de pagar um prêmio adicional de 500 mil euros ao time argentino.
Na cotação atual, esse valor gira em torno de R$ 3,2 milhões, informou Danilo Lavieri, setorista do Alviverde no UOL Esporte. Ao aceitar a proposta do River Plate pelo mesmo valor investido na compra, o Palmeiras evitou o pagamento da compensação extra e ainda recuperou integralmente o investimento.
Rendimento abaixo do esperado e vontade do jogador
Além da questão financeira, o desempenho de Aníbal Moreno pesou na decisão. O volante de 26 anos não conseguiu se firmar como titular absoluto e não entregou o rendimento esperado pela comissão técnica ao longo da temporada. Internamente, o entendimento era de que o atleta dificilmente teria valorização significativa no curto prazo.
Outro ponto importante foi o desejo do próprio jogador. Aníbal manifestou ao clube a vontade de retornar à Argentina por motivos familiares, o que facilitou o avanço das conversas com o River Plate e reduziu a margem de negociação para o Verdão.
Palmeiras recusou propostas anteriores
Mesmo com a cláusula contratual, o Palmeiras não vendeu Aníbal Moreno na primeira oportunidade. Antes do acordo final, o clube recusou duas propostas do River Plate: a primeira por empréstimo e a segunda no valor de 6 milhões de euros, considerada abaixo do que a diretoria esperava.
Somente quando os argentinos igualaram o valor pago ao Racing é que o negócio foi fechado. Caso o jogador estivesse em alta no elenco, o Palmeiras não teria dificuldades em mantê-lo até 2026 e arcar com o prêmio adicional previsto em contrato.