Jornalista paraguaio pratica racismo após ARG x BRA
A goleada por 4 a 1 sofrida pela Seleção Brasileira frente à Argentina pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026 ainda repercute no continente. E sem surpresas, as práticas racistas e preconceituosas contra personagens verde-amarelos também. Leila Pereira, presidente do Palmeiras, que o diga.
O comentarista paraguaioEnrique Vargas Peña, âncora da rádio ABC Cardinal, chamou os brasileiros de “macacos” ao ironizar o vexame diante da Albiceleste. “Outra felicidade enorme que eu tive ontem foi que o Brasil perdeu de 4 a 1. Os macacos”, disse o comunicador durante o programa na noite da última quarta-feira (26).
“Meu Deus…você vai receber uma multa”, interrompeu a apresentadora no ar. A jornalista se referia à pena que o Paraguai impõe a quem é condenado por racismo no país – multas de R$ 7,8 mil e sem decreto de prisão, já que atos racistas não são considerados crime no país.
Leila Pereira vira alvo de comentarista e é chamada de ‘cachorra’
Vargas Peña respondeu com um ataque à Leila Pereira, que comprou briga com a Conmebol recentemente após injúrias raciais cometidas por torcedores do Cerro Porteno a Luighi e Figueiredo na Libertadores Sub-20. “Aquela cachorra de merda (Leila Pereira) não vai dirigir a palavra para mim”, completou o comentarista.
Leila foi uma das vozes mais críticas ao Cerro e às autoridades paraguaias, incluindo a Conmebol, situada em Luque, próxima a Assunção. Ela afirmou que a multa de US$ 50 mil imposta pela entidade era “ridícula”.
“A Sociedade Esportiva Palmeiras discorda com veemência das punições extremamente brandas aplicadas pela Conmebol ao Cerro Porteño em razão dos ataques racistas sofridos por nossos atletas em jogo disputado pela Libertadores Sub-20, na quinta-feira (6), em Assunção, no Paraguai”, parte de nota divulgada pelo clube paulista.
Conmebol toma atitudes após casos de racismo. Será suficiente?
Nesta quinta (27), mesmo dia da final do Campeonato Paulista entre Corinthians e Palmeiras, a Conmebol vai debater os casos frequentes de racismo no continente. Vão participar autoridades de governo e associações dos 10 países que compõem a entidade sul-americana. O encontro será em Luque.
A reunião conta com a presença de um grupo de ex-atletas que inclui Ronaldo, Carlos Tevez, Lugano, Cannigia e Ruggeri. O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, no entanto, não viajou ao Paraguai e participará do encontro à distância.