A fama de Abel Ferreira no Brasil pode ser vista de diferentes formas, a partir de múltiplos ângulos. Se um torcedor rival do Palmeiras for falar do treinador português atualmente, é muito provável que o comportamento temperamental do técnico seja destacado. Já na visão dos apaixonados pelo Palestra, os títulos da Libertadores e do Brasileiros serão logo exaltados. Quem consegue trazer uma dimensão da complexidade do ídolo alviverde é Armando Evangelista, novo comandante do Goiás e que conhece Abel há tempos.

Foto: Cesar Greco/Palmeiras/by Canon – Abel Ferreira defende o Palmeiras
© CESAR GRECOFoto: Cesar Greco/Palmeiras/by Canon – Abel Ferreira defende o Palmeiras

Passado de Abel em Portugal

Segundo o técnico português do Esmeraldino, Abel ama tanto o futebol que não consegue viver o esporte sem intensidade. Longe da realidade de jogo, Evangelista explica que o palestrino é uma pessoa de fácil convívio, bem quisto por onde passa. A entrevista para a ESPN Brasil teve ainda revelações sobre o temperamento do treinador do Palmeiras e como as pessoas enxergam isso.

“Quem conhece o Abel sabe a forma como ele vive o jogo. A intensidade e a emoção que coloca no jogo é muita. O Abel tem uma forma de expressar o jogo quando está dentro das quatro linhas, quando está a defender sua equipe. Ele tem uma forma de ver o jogo diferente. Fora das quatro linhas, ele é uma pessoa pacata, uma pessoa de trato fácil”, explicou o treinador Armando Evangelista.

Foto: Ettore Chiereguini/AGIF – Abel recebe críticas por jeito de defender o Palmeiras

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Temperamento de Abel Ferreira

Sobre o aspecto explosivo do palmeirense, Armando Evangelista não trata como um grande problema. Mesmo que o novo treinador do Goiás considere a possibilidade de algumas pessoas não compreenderem o jeito de Abel, ele explica que o conterrâneo sempre foi dessa forma e que carrega o peso do esporte em seus atos nas quatro linhas.

“Aquilo que vemos do Abel hoje, da forma que vive o jogo, sempre foi o Abel. Sempre foi essa forma de ser e quem o conhece lá de trás… Na verdade, não estou aqui para julgar comportamentos porque parece-me que não é o meu papel aqui. Mas de qualquer forma, daquilo que conheço o Abel, a forma dele viver os jogos, é uma forma intensa, entrega de emoção. É claro que há quem veja esse comportamento e ache normal, há quem reprove este tipo de comportamento, mas é o jeito dele ser”, concluiu o novo treinador do Goiás.