Palmeiras derrotou o Botafogo nas oitavas de final do Mundial

Após uma classificação histórica diante do Botafogo, o Palmeiras volta a campo nesta sexta-feira (4), às 22h, para enfrentar o Chelsea, da Inglaterra, pelas quartas de final do Mundial de Clubes. A partida será no Lincoln Financial Field, na Filadélfia-PA.

Palmeiras vem de uma classificação emocionante diante do Botafogo (Photo by David Ramos)
© Getty ImagesPalmeiras vem de uma classificação emocionante diante do Botafogo (Photo by David Ramos)

O Verdão, líder do Grupo A, eliminou o Botafogo nas oitavas com vitória na prorrogação. Já os ingleses, segundos colocados do Grupo D (ficando atrás do Flamengo), derrotaram o Benfica (Portugal) por 4 a 1, também na prorrogação. E, para a partida na Pensilvânia, Palmeiras e Chelsea devem protagonizar um interessante duelo tático.

O Palmeiras de Abel Ferreira mantém sua identidade baseada em equilíbrio defensivo, transições rápidas e controle de posse em zonas estratégicas. A equipe parte do 4-2-3-1 como base, mas adapta-se bem ao 3-5-2 ou 5-3-2 em jogos de maior exigência, mantendo sempre os laterais como peças-chave para amplitude e cobertura.

Palmeiras aposta em triangulações em velocidade

Na parte ofensiva, o Verdão alterna entre ataques posicionais, com triangulações pelos lados, e transições verticais em velocidade. Raphael Veiga centraliza a criatividade, enquanto jovens como Estêvão e Facundo Torres oferecem profundidade e desequilíbrio. A saída de bola é construída com três zagueiros e um volante, priorizando segurança e progressão controlada.

Do outro lado, o Chelsea de Enzo Maresca aposta em um jogo posicional bem definido, com posse dominante e construção curta desde o goleiro. Durante a posse, a equipe forma uma estrutura ofensiva em 3-2-5, com laterais invertidos e meio-campistas oferecendo apoio interior para controlar o ritmo do jogo e atrair o adversário.

A equipe londrina também se destaca pela pressão intensa logo após perder a bola, com alta média de recuperações no terço final. Atletas como Enzo Fernández e Caicedo sustentam a posse e dinamizam o jogo com passes verticais, enquanto Cole Palmer e Nicolas Jackson exploram amplitude e profundidade com movimentações coordenadas.

Chelsea eliminou o Benfica nas oitavas de final (Photo by Buda Mendes/Getty Images)

Palmeiras deve explorar os espaços dos laterais do Chelsea

O duelo tático coloca frente a frente dois modelos organizados, mas com naturezas distintas: o Palmeiras busca controlar zonas específicas e atacar de forma vertical; já o Chelsea domina o campo com posse, movimentações internas e estrutura fixa. O time inglês tende a manter mais a bola, enquanto o Verdão aposta na eficácia das transições e bolas paradas.

O Palmeiras pode se beneficiar explorando os espaços deixados pelos laterais invertidos do Chelsea. Com transições rápidas puxadas por Estêvão ou Torres, e infiltrações de Veiga, o time brasileiro pode atacar o espaço às costas da defesa inglesa, além de explorar a bola aérea ofensiva, um de seus pontos fortes.

Por outro lado, o Verdão pode se prejudicar se não conseguir pressionar a construção curta do Chelsea. Caso recue demais, a equipe inglesa poderá dominar o meio com sobrecarga numérica e ditar o ritmo. A previsibilidade ofensiva e eventuais falhas na recomposição também podem abrir brechas para infiltrações letais do adversário.

Na temporada 2025, o Palmeiras entrou em campo 39 vezes, com 25 vitórias, nove empates e cinco derrotas, com 71,79% de aproveitamento. No geral, o Alviverde marcou 63 gols e sofreu 25. Já o Chelsea (na temporada 2024/25) tem 61 jogos, com 38 vitórias, nove empates e 14 derrotas, com 67,21% de aproveitamento. O Chelsea marcou 130 gols e sofreu 63 no período.