O Palmeiras não foi feliz na noite desta quinta-feira. Conciliado com a eliminação do alviverde na Libertadores em casa pelo Boca Juniors, uma atitude de Abel Ferreira chamou a atenção de todos. No momento das penalidades, antes mesmo de seu início, simplesmente o técnico do Verdão deixou a equipe em campo, virou às costas, e desceu para o vestiário. Atitude semelhante de sua parte já havia sido feita nas penalidades contra o Atlético-MG na edição da Liberta de 2022.
Fato é que de um treinador como Abel, glorificado pelos seus feitos e por se tratar como um ‘coach’ do futebol, inclusive lançando um livro a respeito, nunca se espera uma atitude dessas. Nos momentos de dificuldade, é onde se mostram os grandes líderes. Tal situação passa a mensagem aos jogadores que seu líder máximo, figura representativa no banco, não está ali à mercê do duelo quando todos estão botando a cara pelo time.
Lembrando que Abel, após a era Tite, já foi cogitado para assumir a Seleção Brasileira. Se nos remetermos à Copa de 2022, Tite foi duramente, e com razão, muito criticado por, no final da eliminação contra a Croácia, deixar seus atletas chorando em campo e descer para o vestiário após a derrota. E Abel, com a atitude de ontem, que diferente seria disso? Se há de galgar postos maiores, além de sua capacidade técnica, Abel tem que rever alguns de seus comportamentos.
Você considera normal a atitude de Abel na hora da cobrança de pênaltis?
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O Português, ainda quando é derrotado, tem falhas em assumir a culpa. E quando a assume, responde de forma ríspida os jornalistas, como foi na caso da coletiva pós-jogo do Boca-Juniors. Ao ser perguntado o porquê da opção de não iniciar o jogo com os garotos, ele respondeu: “Olha, na minha opinião o primeiro tempo foi um jogo fechado, truncado. Você sabe quantos arremates fez nosso adversário? Devia saber, ta tão bem informado, devia saber quantos fez”.
A questão é que Abel é um ótimo técnico. Sua capacidade tática e técnica já foi comprovada, isso não se discute. Mas muitas vezes é preciso saber também o treinador, trabalhar com o emocional, com o brio dos jogadores, o que dessa vez, Abel deixou e muito a desejar.