Do Palmeiras tricampeão da Libertadores, pode-se destacar vários jogadores na campanha dos 14 jogos. Na defesa, Weverton, Gustavo Gómez, Felipe Melo e até Luan cresceu na “hora H”. No ataque, Dudu, Raphael Veiga e Deyverson fizeram-se presentes com referência. Mas muita gente pode se esquecer de um personagem bem caladinho: o meio-campista Zé Rafael.
O camisa 8 se tornou um dos mais consistentes jogadores sob o comando de Abel Ferreira. Antes das quartas de final da Libertadores diante do São Paulo, por exemplo, o volante vinha bastante criticado, mas no Allianz Parque pulverizou os críticas com assistência a Veiga. Na semifinal, novamente presente entre os 11. Na decisão, não havia dúvidas de que Zé estaria em campo.
Só que nem mesmo as 48 partidas nas costas na temporada deixaram as críticas longe de Zé. A rapidez do ataque do Flamengo, com Arrascaeta, Everton Ribeiro, Bruno Henrique e Gabigol, fez muitos jornalistas questionarem se o meio palmeirense, com Felipe Melo junto do camisa 8, seria capaz de prevalecer ao longo da final.
Melo não entrou em campo, com dores no joelho, porém Zé Rafael fez partida formidável com Danilo, freando os avanços do setor ofensivo do clube carioca. A 49ª partida na atual temporada mostrou que o meia precisava ser mais respeitado. E foi isso que o próprio atleta pediu em sua conta no Twitter na última segunda-feira (29).
Nos números, Zé conseguiu 12 desarmes em toda a partida, característica que o marcou desde a época do Bahia. Foi sua maior marca em um jogo desde o início de sua carreira. E os críticos? “E tem uns entendidos de futebol que ainda estão criticando…”, ironizou o jogador de 26 anos.
Zé aproveitou para interagir com os seguidores, respondendo-os de prontidão, até sobre falhas em passes na final. “Me deu alguns fios de cabelo branco a mais também”, brincou sobre passe no limite a Weverton ainda na etapa inicial.
