O Palmeiras conheceu, na noite da última segunda-feira (27), os seus adversários na fase de grupos da Copa Libertadores da América. Em evento realizado na sede da Conmebol, em Luque, no Paraguai, o Verdão foi sorteado no Grupo C da competição, com Barcelona de Guayaquil, Bolívar e Cerro Porteño como companheiros de chave. A estreia acontece na próxima quarta-feira (5), contra o Bolívar, nos mais de 3.600 metros de altitude da cidade boliviana de La Paz.

Foto: Mauro Horita/AGIF
Foto: Mauro Horita/AGIF

O primeiro desafio pela Libertadores será disputado entre as finais do Paulistão, frente ao Água Santa. Além do calendário, outro assunto chamou atenção dos palmeirenses nos últimos dias. Em entrevista recente ao canal Our Sports, no YouTube, o técnico Estevam Soares voltou a falar sobre o atrito que teve com Diego Souza em 2005, quando comandou o jogador no Alviverde. Àquela altura, Diego já havia sido o camisa 10 do Palestra no título da Série B do Campeonato Brasileiro, em 2003. O treinador campeão da Série B era Jair Picerni.

No ano seguinte, Estevam Soares chegou ao Palmeiras e levou o clube à quarta colocação do Brasileirão. Novamente, com Diego Souza entre os principais nomes do time. Porém, no início da temporada seguinte, o casamento acabou. Em fevereiro de 2005, o Verdão enfrentava o União São João, em Araras, e vencia por 2 a 1. Diego foi a campo na parte final do confronto, viu os adversários empatarem e foi sacado minutos após pisar no gramado. Inconformado, bateu boca com o comandante técnico. Pouco depoisEstevam foi demitido.

Ele voltou a falar sobre a situação e contou os detalhes que geraram a ‘treta’:

“Era um jogo contra o União de Araras, na casa deles. A gente estava ganhando o jogo. E ele no banco. Os caras estavam pressionando e eu perdendo o meio-campo. Lá pelos 25 minutos do segundo tempo, eu tirei um atacante e coloquei ele, que era um meia-direita, um ‘camisa 8’. Fiz a mexida na intenção de preencher o meio, ficar mais forte ali”, pontuou.

“Ele entrou, na primeira bola perdeu, tropeçou a caiu. A segunda, tocou errado. A terceira bola ele foi driblar, perdeu e os caras empataram. Se ele pegou cinco vezes na bola, errou seis. Em coisa de sete, oito minutos. Talvez eu tenha até me precipitado, talvez não fizesse hoje. Ele jogou uns nove minutos e eu o substituí, se não ia perder o jogo”, completou o experiente treinador.

“Ele veio para cima de mim, me xingando… Eu só falava, ‘vai para o vestiário, sai daqui ‘. Imagine se eu entro em discussão com ele, o que teria virado, do jeito que ele estava. Ele foi muito infeliz, e eu tive muita sabedoria. Foi uma coisa muito ruim. Acabou até na minha demissão do Palmeiras. Mas depois apurando os fatos eu fiquei sabendo que ele esteve em uma famoso samba da Zona Norte, ficou até às seis da manhã e foi direto para o treino. Então, alguma coisa tinha de errado mesmo, porque ele estava dormindo dentro do campo. Mas acabou sobrando pra mim”, concluiu Estevam.