O Palmeiras vive a fase de afirmação do time. Com uma base forte, a equipe conquistou troféus e vem em uma crescente no Campeonato Brasileiro, com a liderança na tabela, além da melhor campanha geral na Copa Libertadores, tendo obtido o desempenho mais positivo da história da competição nesse estágio.
Apesar dos muitos indicadores que mostram a força da equipe, alguns pontos acabam sendo passíveis de críticas – ao menos vindas de alguns jogadores. Em episódio recente, Gustavo Scarpa foi muito sincero ao elencar momentos vividos sob o convívio com o técnico Abel Ferreira, enaltecendo lados bons e ruins no impacto do português.
Em entrevista ao GE, Scarpa destacou a situação que envolve sua polivalência. No Palmeiras, ele já atuou na lateral esquerda, também fez aquele lado na linha de meias, e foi meia armador por dentro. E, apesar da virtude, o camisa 14 revelou ficar incomodado por nem sempre atuar como um 10, onde ele prefere estar.
“Eu já tive essa conversa com o Abel, porque até com ele, como com os treinadores anteriores, eu sofri um pouco com isso. Pô, tá faltando alguém em alguma posição, coloca o Scarpa. Isso tanto em treino quanto em jogo. Isso começou a me deixar um pouco irritado. Já não estava gostando tanto. Chegou uma hora em que me posicionei. Falei: ‘Professor, quero jogar na minha posição’. ‘Ah, agora não dá, a partir do ano que vem’. E aí foi quando ele me deu oportunidade na meia”, revelou Scarpa.
Scarpa tem que ser valorizado?
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E ele continuou, destacando o ponto que mais o incomoda.
“Mas é o que o Abel fala às vezes: não é o que a gente quer, é o que o grupo precisa, e alguns precisam se sacrificar. Só que tem hora que é chato, né, mano, ser sempre você o escolhido para se sacrificar”, destacou o camisa 14.
Jogador importante para Abel Ferreira, Scarpa já disputou 26 partidas pelo Palmeiras nesta temporada, 21 como titular, a maior parte delas partindo do lado esquerdo do campo. Até aqui, foram cinco gols marcados e outras quatro assistências. No fim de maio, ele se destacou ao fazer um hat-trick contra o Deportivo Táchira-VEN, pela Libertadores, atuando como camisa 10 – na ausência de Raphael Veiga.