O último GP de Fórmula 1, na Itália, ficou marcado pelo acidente entre Max Verstappen e Lewis Hamilton. Os carros se tocaram e a Red Bull, literalmente, passou por cima da Mercedes, colocando a integridade física do heptacampeão em risco. Mas uma novidade nos carros acabou salvando o inglês: o Halo.
Além do ocorrido no Circuito de Monza, o acidente de Romain Grosjean no Bahrein, em 2020, fez com que a FIA (Federação Internacional de Automobilismo) pensasse em atualizar e fortalecer o dispositivo para 2022. Na próxima temporada, um novo regulamento entrará em vigor e a novidade seria ainda mais importante.
“Uma peça muito mais forte será integrada ao carro de 2022. O acidente de Grosjean demonstrou que o Halo se adequou ao seu propósito; um sistema, não apenas o Halo mas todo o veículo, se juntando para criar a possibilidade de sobrevivência. O Halo 4.0 será um dispositivo mais forte, capaz de suportar uma carga maior“, disse um dos engenheiros que ajudaram a desenvolver o Halo, Clive Temple, que elaborou mais sua tese:
“Nem sempre é possível testar todas as eventualidades porque o ângulo de um carro pode variar ao bater em uma barreira, por exemplo, no caso de Grosjean, ou vir junto com outro carro. Então buscamos cenários que se adequarão a uma série de impactos, ângulos e localizações do veículo em relação ao objeto. Vimos um carro totalmente em cima do outro, mas não houve problemas reais. Como Hamilton mesmo disse, ele foi física e mentalmente abalado por isso, mas pôde tentar sair do carro”, explicou ao site “Racefans“.
Curiosamente, o dispositivo que hoje se mostra fundamental para a aumentar a segurança dos pilotos, não foi muito bem aceito no início. Um dos maiores críticos foi o chefe da Mercedes, Toto Wolff, que viu seu piloto sair da última corrida sem nenhum problema físico por conta do Halo.