O noticiário da seleção brasileira dos últimos dias teve mais notícias em relação aos bastidores, envolvendo o afastamento de Rogério Caboclo da presidência da CBF, do que a partida contra o Paraguai, contra as Eliminatórias, nesta terça-feira (8). A discussão sobre uma possível substituição de Tite por Renato Gaúcho envolveu membros do governo federal, como o vice-presidente Hamilton Mourão, que abordou o assunto em entrevista ao G1.
Perguntado sobre um possível boicote dos jogadores à Copa América, Mourão disse o que faria se estivesse no lugar deles, mesmo se esquivando da pergunta: “Não vou entrar nessa discussão. Eu acho que faz parte dessa disfuncionalidade que nós estamos vivendo. Eu sou do tempo que jogador de futebol, quando era convocado para a seleção brasileira, era considerado uma honra”.
Depois de muitos protestos pela saída de Tite, especialmente de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, Mourão ironizou o treinador: “O técnico, ele não quer mais, não quer, o Cuiabá está precisando de um técnico, aí, não está? Então, leva lá, sai, pede o boné. Acho que isso é uma discussão, neste momento, totalmente disfuncional”.
Para justificar a realização da Copa América, o vice-presidente citou as competições nacionais: “A prática de esporte não está proibida no Brasil. Essa decisão de ter Copa América ou não ter Copa América é um evento privado. Não compete ao Ministério da Saúde decidir isso aí”.
É aceitável o governo federal tentar influenciar em assuntos do futebol brasileiro?
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O papel do governo também foi explicado: “O que o ministro da Saúde tem que fazer é verificar os protocolos de segurança e reforçá-los para que não haja um risco adicional para os atletas, a comissão técnica e todos que participam do evento. Os estados que aceitaram fazer essa competição também participam dessa ação”.
