O chefe da Ferrari, Mattia Binotto, confirmou que a Ferrari terá mudanças no seu rendimento após o GP da Itália. Mesmo sem poder fazer mudanças mais drásticas por conta do congelamento do componente até 2025, as equipes têm permissão de fazer atualizações. Enquanto a maioria escolheu o início da temporada para as mudanças, a escuderia italiana resolveu fazer o mesmo apenas na metade do campeonato.
“Vamos trazer alguns desenvolvimentos para o motor. Apenas esclarecendo o que as regras dizem: você pode ter um motor novo em 2021. Isso quer dizer que você pode atualizar todos os componentes, sejam eles o motor a combustão, turbo, baterias, recuperadores de energia etc. Mas não fizemos isso de forma completa no início da temporada, então ainda estamos usando componentes de 2020. E o que traremos é uma evolução destes componentes. Então será um avanço para nós na parte final da temporada”, explicou o chefe da equipe.
Porém, as mudanças ainda não estarão em funcionamento nas primeiras corridas após o recesso. Mattia Binotto sabe que, devido às circunstâncias das próximas pistas – que requerem uma unidade de potência em plena carga -, a possibilidade das corridas serem bem difíceis para a Ferrari em pistas dependentes do motor, como Spa-Francorchamps e Monza.
“Será difícil para nós, porque temos 0s7 atrás dos mais rápidos e a maioria disso, pelo menos 60%, vem do motor. Consideramos que estamos atrás de Mercedes e Honda. Numa pista como a do GP da Bélgica, quando olhamos para os simuladores, é uma pista que o motor importa muito e onde a volta lançada de classificação terá diferenças significativas”, finalizou.
A questão é o motivo por trás da mudança tardia. A Ferrari tem a forte concorrência, não esperada, da McLaren – com quem está empatada, com 161 pontos, na disputa de construtores – que vem apresentando um grande desempenho nas mãos do inglês Lando Norris. Em busca de se manter como a terceira potência da competição, a equipe italiana tentará se colocar em maiores condições de não passar sufoco.