Após se aposentar dos ringues, José Adilson Rodrigues dos Santos, conhecido pelo mundo todo como Maguila, vem lutando contra outro oponente. O ex-lutador sofre de Encefalopatia Traumática Crônica, segundo o UOL Esportes.
Uma das formas que Maguila (62) encontrou para combater a doença degenerativa foi o canabidiol, composto derivado da cannabis, planta que é mais popularmente conhecida como maconha.
De acordo com Maguila, ele faz uso de pequenas doses diárias da substância, e sua qualidade de vida aumentou bastante após iniciar o tratamento. A doença faz com que o ex-lutador fique mais agressivo.
A doença não tem cura, e apesar do tratamento, deixa Maguila ausente, esquecido, faz com que ele se canse mais facilmente, e o deixa abatido. Ele está recebendo acompanhamento médico especializado, e sua família comemora o resultado do tratamento com canabidiol.
Atualmente, Maguila vive no Centro Terapêutico Anjos de Deus, que fica em Itú, no interior do estado de São Paulo. Ele segue uma rotina com atividades físicas, assiste vídeos de lutas antigas e conta histórias do seu passado.
Maguila tem a saúde oscilante
Mas ultimamente o ex-lutador não anda muito bem: “A doença tem picos. Tinha semana em que ele estava bem, semana que não. Ele precisa de muita medicação, então ficava mais sonolento, preguiçoso, apático, não queria acordar, sair da cama ou andar”, disse Irani Pinheiro, esposa de Maguila.
Renato Anghinah, médico de Maguila há mais de 8 anos, disse: “Optamos por entrar com o canabidiol já tem uns dois meses. Não é uma cura, mas traz benefícios no sentido da qualidade de vida. Deixa a pessoa mais tranquila, com uma sensação de bem-estar maior”.
A doença é irreversível e é conhecida como “demência pugilista”, pois afeta atletas que recebem muitos impactos no crânio. “O Maguila começou a ter essas alterações com menos de 50 anos. É muito mais um distúrbio comportamental do que de memória, cognitivo”, diz o médico.
“O canabidiol é uma boa indicação para pacientes que tomam uma quantidade grande de medicamentos e buscam uma melhor qualidade de vida. Não serve para tudo. As maiores indicações são para epilepsia, autismo, principalmente com alterações comportamentais importantes, dor e ansiedade”.