O mundo do eSports foi pego de surpresa nesta semana, quando Danil “Dendi” contratou, através da B8, quatro brasileiros para atuar em seu time de Dota 2.

Quatro brasileiros fazem parte do time de Dendi no Dota 2
© Reprodução/InstagramQuatro brasileiros fazem parte do time de Dendi no Dota 2

Ele, que ainda é considerado um dos maiores jogadores do MOBA na história, firmou a parceria com Leonardo “RdO”, Diego “Sexyfat” e Heitor “Duster”, além do técnico Filipe Astini. Com isso, os quatro passarão se juntarão ao ucraniano para a disputa do Dota Pro Circuit, que acontece nesta sexta (08).

“Eu não me imaginava jogando com o Dendi. Ele é um ídolo para mim e pra todos do time”, disse o técnico Astini em entrevista exclusiva para o site do Globo Esporte. No papo, ele detalhou a negociação para que todos fizessem parte do time de “Dendi”.

Negociação começou com brincadeira

Segundo Astini, a negociação aconteceu quando eles se estabeleceram na Carcóvia, região da Ucrânia, com dinheiro investido por eles mesmos. “A gente estava com a ideia de testar jogadores que estavam como free agent, que não estavam em nenhuma organização. Além da ideia de trazer eventualmente algum jogador do Brasil. Mas no tempo que a gente estava aqui, chegou a notícia que o time dele (de Dendi) acabou liberando dois jogadores”, explicou.

“A gente estava em três, eles também, mas, mesmo assim, quando eu vi aquilo, brinquei com os caras: ‘Nossa, imagina a gente jogando com o Dendi?’. E eles: ‘Manda mensagem, vai que ele responde'”, relembrou Astini.

Dendi surpreendeu a todos e respondeu. Depois de fazer uma brincadeira com o atleta (“A gente quer ser campeão mundial e você cabe no nosso time. Bora conversar?”, escreveu Astini pelas DMs do Twitter), eles começaram a se acertar.

“Estava louco para jogar com vocês”, disse Dendi

O treinador relembrou uma das primeiras conversas que teve com Dendi. “Quando chamei ele pra testar, ele respondeu: “Cara, eu estava louco pra jogar com vocês porque quero jogador que joga pra ser o melhor do mundo. O que vocês fizeram de sair da América do Sul, de vir pra cá… Todo mundo indo pra lá para pegar vaga fácil e vocês vieram pra cá para jogar com os difíceis. Não faz sentido. É realmente com vocês que a gente quer jogar”, relembrou.

“Por alguma sorte, ele estava testando dois jeitos de continuar com o time dele: primeiro seria em torno de um jogador, na posição 3; e outro em torno da posição 4. Se fosse focando na posição 4, a gente tinha as outras peças que encaixariam no time dele. A gente marcou de testar o time, os treinos deram super certo e aí veio a proposta de se juntar à organização dele. É um sonho. A gente não imaginava”, vibrou Astrini.