Marta se despede das Olimpíadas

Aos 38 anos, Marta, a camisa 10 da Seleção Brasileira, acumulou mais uma medalha de prata no futebol feminino nas Olimpíadas, juntando-se às conquistas de Atenas (2004) e Pequim (2008), ambas perdidas para os Estados Unidos. Marta alcançou uma marca histórica: tornou-se a primeira jogadora não norte-americana a disputar três finais olímpicas, feito antes realizado apenas por oito ex-atletas dos EUA.

PC de Oliveira, analista de arbitragem – Foto: Reprodução / SporTV
© Foto: Reprodução / SporTVPC de Oliveira, analista de arbitragem – Foto: Reprodução / SporTV

A recordista em finais olímpicas, com quatro participações, é a estadunidense Chris Rampone Pearce. Apesar de sua carreira brilhante, Marta não conseguiu conquistar o título olímpico ou da Copa do Mundo com a Seleção Brasileira.

Com lágrimas nos olhos, ela se despediu dos Jogos Olímpicos de Paris com 202 jogos pela Seleção, cinco títulos importantes – três Copas Américas e dois ouros nos Jogos Pan-Americanos – e a provável última tentativa de alcançar o ouro olímpico.

PC Oliveira comenta sobre lances polêmicos

A final olímpica entre Brasil e Estados Unidos não escapou das polêmicas. O gol das norte-americanas, marcado sob suspeita de impedimento, e um possível pênalti não revisado pelo VAR levantaram dúvidas entre os torcedores. O comentarista de arbitragem PC Oliveira analisou os lances.

No gol, a atacante Smith, aparentemente em posição de impedimento, corre em direção à bola, mas não chega a tocá-la. “Vemos que a Smith estava em posição de impedimento, mas ela não toca na bola. Segundo a regra, uma jogadora só é punida por impedimento se interferir no jogo, tocando na bola, ou influenciando um adversário, seja disputando a bola, atrapalhando o campo visual, ou ganhando vantagem de uma posição inicial. Apenas correr em direção à bola não caracteriza infração. Portanto, o gol é legal”, explicou o ex-árbitro.

Árbitra acertou na decisão de campo?

Árbitra acertou na decisão de campo?

Sim
Não

21 PESSOAS JÁ VOTARAM

O possível pênalti não marcado para o Brasil também gerou críticas nas redes sociais. Confira o veredito de PC: “A jogadora brasileira estava de costas para a bola e houve uma ação imprudente da defensora dos EUA. Ela não tinha a intenção de cometer a falta, mas não tocou na bola e atingiu a jogadora do Brasil. Em campo, a árbitra deu tiro de meta e o VAR não interferiu, mas, na minha avaliação, foi um pênalti não marcado para a seleção brasileira.”

Marta critica atuação da árbitra

Apesar do resultado final, Marta, a camisa 10 da Seleção Brasileira, expressou sua insatisfação com a arbitragem na partida contra os Estados Unidos. Em sua avaliação, a atuação da árbitra influenciou no desfecho do confronto.

“Fica uma sensação de frustração. Dominamos o primeiro tempo, criamos várias oportunidades e poderíamos ter marcado ao menos dois gols para nos dar mais tranquilidade. Infelizmente, não conseguimos converter as chances, e isso é parte de uma final. Precisamos ser frias na hora de finalizar, pois isso faz a diferença. Além disso, acredito que houve um pênalti claro que não foi marcado. Já sabíamos que enfrentar os Estados Unidos seria difícil, pois geralmente jogamos contra elas e, muitas vezes, contra a arbitragem também”, afirmou Marta em entrevista à Cazé TV.