Valencia marca golaço em Gre-Nal e renasce como símbolo colorado

Enner Valencia foi o grande personagem do jogo que culminou no título gaúcho do Internacional. No empate do Gre-Nal 446, que assegurou a taça no Beira-Rio, o equatoriano marcou um golaço de falta — eleito o mais bonito da competição com o Prêmio Bucha.

Valencia é um dos destaques do Internacional neste início de temporada. Foto: Ricardo Duarte/Internacional
© ricardo duarteValencia é um dos destaques do Internacional neste início de temporada. Foto: Ricardo Duarte/Internacional

É mais um capítulo dos altos e baixos da trajetória do camisa 13 no clube. Hoje querido pela torcida, Valencia já foi alvo de críticas e questionamentos em diferentes momentos.

Contratado em meados de 2023 e apresentado com festa no Gigantinho, o centroavante mostrou seu valor na Libertadores, o principal objetivo colorado na temporada. Com quatro gols em quatro jogos nas oitavas e quartas de final, rapidamente caiu nas graças da torcida.

Do auge à desconfiança

A eliminação para o Fluminense na semifinal, em pleno Beira-Rio, foi um ponto de virada. Com o Inter vencendo, Valencia desperdiçou chances claras antes da virada tricolor. Acabou visto como um dos vilões e sentiu o peso da derrota por muito tempo.

Apesar dos bons números — 13 gols e duas assistências em 28 jogos —, Valencia sabia que teria que se provar em 2024. Sem Libertadores no calendário, a pressão por títulos cresceu ainda mais.

O início do ano foi animador. Em 10 jogos, foram seis gols e duas assistências. Em destaque, um doblete na Copa do Brasil contra o Nova Iguaçu, partida que marcou a estreia de Borré no clube. A dupla gerava grande expectativa.

Enner Valencia comemora seu golaço contra o Grêmio na decisão do Gaúcho. Foto: Ricardo Duarte/Internacional

Oscilações, críticas e a volta por cima

Valencia enfrentou nova fase de oscilações ao perder chances na semifinal do Gauchão contra o Juventude e jogar no sacrifício na volta. Apesar de marcar seu pênalti, o Inter foi eliminado. Na Copa do Brasil, fez um gol, mas a equipe caiu novamente, sob clima hostil.

A crise se intensificou com 11 jogos sem marcar, um pênalti perdido pela seleção e a perda da titularidade para Borré. Foi o momento mais difícil do atacante no clube, com críticas e vaias crescentes da torcida.

Mesmo assim, Roger Machado manteve sua confiança no camisa 13. A reação começou com gol contra o Flamengo e minutos a mais em campo. O golaço de falta no Gre-Nal final selou sua redenção e o título gaúcho.