O impasse financeiro pressiona o colorado
O Internacional vive um impasse importante para definir o futuro de Johan Carbonero, emprestado pelo Racing até o fim da temporada. O clube tenta manter o atacante em definitivo, mas enfrenta resistência dos argentinos nas conversas. Os atrasos no pagamento das parcelas do empréstimo acenderam um alerta e travaram o diálogo entre as partes. Hoje, a situação está praticamente estagnada.
Carbonero tem cláusula de compra de 4 milhões de dólares, valor que o Inter havia planejado executar. No entanto, o clube deixou de quitar duas das três parcelas do empréstimo, cada uma de 325 mil dólares, o que gerou forte irritação no Racing. A postura argentina agora é inflexível: sem pagamento integral, não há conversa para facilitar a transferência. A negativa tem sido firme e repetida.
Dentro do Inter, a diretoria tenta abrir um canal de confiança com o Racing para mostrar que não pretende ser inadimplente na compra. A estratégia é buscar um acordo que permita avançar mesmo com a pendência. O Colorado tenta justificar o atraso e reforça que o planejamento prevê honrar o compromisso, embora ainda não exista segurança financeira suficiente para isso. A versão, porém, não convenceu os argentinos.
A crise orçamentária afeta o planejamento de 2026
O Internacional vive um período de forte aperto orçamentário, agravado por dívidas com outros clubes, como o Flamengo, pela contratação de Thiago Maia. Internamente, há reconhecimento de que o fluxo financeiro se tornou um dos pontos mais frágeis do departamento de futebol. No mercado sul-americano, o Inter ganhou fama de mau pagador, situação que agora pesa diretamente nas negociações por Carbonero.
Apesar das dificuldades, parte da comissão técnica defende a permanência do colombiano. Considerado um jogador de potencial, Carbonero alternou bons momentos ao longo do ano, mesmo terminando a temporada entre os reservas. Sua velocidade e capacidade de atacar espaços são avaliadas como características raras no atual elenco. O Colorado entende que pode perder profundidade caso não consiga mantê-lo.
Ainda assim, o cenário é claro e objetivo: sem o pagamento integral dos 4 milhões de dólares, Carbonero deve retornar ao Racing em 2026. O clube argentino não pretende flexibilizar condições e aguarda apenas o desfecho oficial. O Colorado, por sua vez, tenta evitar que a negociação se perca totalmente, mas depende de uma recuperação financeira rápida para transformar esperança em realidade.
O futuro indefinido e clima de incerteza
As próximas semanas serão decisivas para o Inter definir sua estratégia de mercado. A direção ainda busca alternativas para reorganizar o orçamento e encaixar a compra do atacante, mas reconhece que o prazo está apertado. Caso não haja evolução concreta, o Racing deve formalizar o retorno do atleta. A situação cria apreensão nos bastidores do Beira-Rio e reforça a necessidade de ajustes urgentes no planejamento de 2026.