O volante Alan Rodríguez revelou detalhes até então desconhecidos sobre o ambiente interno do Internacional em um dos momentos mais delicados da temporada. Em entrevista a uma rádio uruguaia, o jogador falou abertamente sobre o desgaste emocional vivido pelo elenco e admitiu que o clima no vestiário chegou a ficar extremamente pesado.

Segundo o atleta, a pressão por resultados afetou diretamente o psicológico dos jogadores. O cenário era de tensão constante, noites mal dormidas e dificuldades até para manter conversas internas em determinados momentos do campeonato.
Clima emocional abalado no elenco
Rodríguez contou que, em algumas situações, precisou conter suas próprias reações. Um companheiro chegou a aconselhá-lo a se acalmar e evitar discussões, justamente porque o grupo estava emocionalmente fragilizado. “Todo mundo estava dormindo mal”, revelou o volante, escancarando o nível de desgaste vivido pelo elenco colorado.
A fala expõe um Inter pressionado, com o ambiente interno afetado pelo acúmulo de jogos, cobranças externas e a instabilidade ao longo da temporada.
Reunião virou ponto de virada
De acordo com Alan Rodríguez, a mudança de postura aconteceu antes do último jogo do campeonato. O elenco realizou uma reunião tratada internamente como decisiva, quase um pacto coletivo para evitar um desfecho ainda mais traumático no ano.
A mensagem foi direta e objetiva. Os jogadores entenderam que aquela era a última oportunidade de mudar o sentimento deixado pela temporada. “Depois de um ano longo, não podemos ir de férias tristes. Temos que terminar de uma forma que sirva de aprendizagem”, relatou.
Compromisso para o futuro
Durante o encontro, o grupo colocou para fora tudo o que estava represado. O estresse acumulado foi discutido abertamente, e os atletas assumiram um compromisso coletivo não apenas com o jogo final, mas com uma mudança de mentalidade para 2026.
“O ano que vem temos que ganhar coisas importantes”, completou Rodríguez, reforçando que a conversa não foi apenas emocional, mas também estratégica, pensando no futuro esportivo do clube.
Para o volante, a resposta em campo no último jogo foi consequência direta dessa conversa franca. A união final do grupo, o alinhamento emocional e a responsabilidade coletiva fizeram a diferença. O depoimento escancara um Inter que sofreu, aprendeu e precisará passar por mudanças profundas para iniciar um novo ciclo.