Pedro Geromel: o líder técnico da era moderna
Quando se fala em segurança defensiva e títulos históricos, o nome de Pedro Geromel é praticamente obrigatório. O zagueiro chegou ao Grêmio em 2014 e se despediu dos gramados em dezembro de 2024, após uma década de pura regularidade, técnica refinada e liderança incontestável.

Foram 409 jogos, 15 gols, 6 assistências e conquistas que marcaram uma geração: Copa do Brasil (2016), Libertadores (2017), Recopa Sul-Americana (2018), sete Gauchões e quatro Recopas Gaúchas.
Além dos troféus, Geromel empilhou prêmios individuais como 4 Bolas de Prata, foi eleito 3 vezes o melhor zagueiro do Brasileirão e 2 vezes o melhor da América. O camisa 3, disputou sua última partida profissional em dezembro de 2024 e deixou um legado que ecoa na Arena e na alma do torcedor.
Airton Pavilhão: o eterno camisa 3 imortal
Se Geromel é o ícone da nova era, Airton Pavilhão é a lenda eterna do Grêmio. Com impressionantes 601 jogos entre 1954 e 1967, o defensor marcou 18 gols e foi o pilar de uma era de ouro. Foram 11 títulos estaduais e um Campeonato Sul-Brasileiro, consolidando o domínio gremista nos anos 50 e 60.
Nos Gre-Nais, Airton foi um verdadeiro tormento para o rival: 42 clássicos disputados, com 22 vitórias tricolores. Mesmo sem gols nesses duelos, sua presença era tão marcante que Pelé o classificou como o melhor zagueiro que já enfrentou. O legado de Pavilhão vai além dos números: ele personificava a raça e a classe do futebol gaúcho. Faleceu em 2012, mas segue sendo uma referência absoluta na história gremista.
Ortunho e Áureo: os pilares silenciosos de uma era vitoriosa
Na década de 60, Jorge Ortunho e Áureo Malinverni formaram, junto com Airton, uma das defesas mais sólidas da história do Grêmio. Ortunho atuou entre 1958 e 1967, somando 417 jogos e 6 gols, sendo fundamental na conquista de nove Campeonatos Gaúchos. Em 35 Gre-Nais, saiu de campo vitorioso em mais da metade (18 triunfos), sempre com discrição e segurança.
Já Áureo, que defendeu o tricolor de 1961 a 1971, disputou 344 partidas e marcou 10 gols. Foi eleito o melhor jogador do futebol gaúcho em 1963 e recebeu o prestigiado Prêmio Belfort Duarte em 1969. Além dos títulos estaduais, sua contribuição vai além das quatro linhas: virou treinador e entrou para a Calçada da Fama gremista após sua morte em 2023.
O desafio continua: zaga gremista em ação na Copa do Brasil
Enquanto os ídolos do passado são reverenciados, o presente pede concentração. O Imortal encara o CSA nesta quarta-feira, às 21h30, no estádio Rei Pelé, pelo jogo de ida da terceira fase da Copa do Brasil.
A partida de volta será no dia 20 de maio, na Arena, e o tricolor busca avançar às oitavas, onde os duelos estão previstos para as semanas de 31 de julho e 7 de agosto.