Presidente da CBF tratou de responder Abel Ferreira
O presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Samir Xaud, respondeu nesta quarta-feira (26) às declarações feitas por Abel Ferreira sobre a arbitragem ao longo do Brasileirão Betano.

Na véspera, após a derrota por 3 a 2 para o Grêmio, o técnico do Palmeiras alegou que o Clube tem sido prejudicado desde o polêmico Choque-Rei de 5 de outubro, quando o árbitro Ramon Abatti Abel — posteriormente afastado pelo STJD — comandou o clássico contra o São Paulo.
Durante o Summit CBF Academy, Xaud rebateu a narrativa de favorecimento e criticou a postura seletiva dos clubes ao analisarem erros de arbitragem. “A gente vê em cada rodada as falas mudam, as opiniões mudam. Quando há um erro que favorece a equipe, ninguém fala; quando há um erro que desfavorece, aí falam”, afirmou o dirigente.
Discurso polêmico de Abel e a análise do tema na CBF
Xaud reforçou que a CBF trabalha para evoluir o nível da arbitragem, apesar das falhas que considera inevitáveis. “Para mim, é muito natural, acho que os erros acontecem, mas a gente está trabalhando para melhorar todo o nosso futebol e também melhorar nossa arbitragem”, destacou o mandatário.
Abel, por sua vez, relacionou a queda de desempenho do Palmeiras na disputa pelo título brasileiro ao que considera interferências externas na arbitragem, citando o pênalti não marcado de Allan em Tapia no clássico contra o São Paulo, quando o time perdia por 2 a 0 no MorumBis.
O lance, mantido sem revisão do VAR na ocasião, gerou forte repercussão nos bastidores do futebol nacional e acabou resultando no afastamento de Ramon Abatti Abel pelo STJD em 40 dias.
Pressão sobre árbitros nos bastidores e crise entre clubes e CBF
“Não vivo de ‘ses’. Se o pênalti fosse marcado, o jogo tinha ficado 3 a 3 ou 4 a 3, mas depois deste pênalti muita coisa mudou. Nomeadamente o árbitro desta competição ficou pendurado, será que outros árbitros não ficaram com medo?”, questionou o treinador português após a partida contra o Grêmio.
O embate público reacende o debate sobre a pressão sofrida pelos árbitros nas rodadas finais do Brasileirão Betano e evidencia o clima tenso envolvendo Palmeiras, rivais diretos e a CBF na reta decisiva da temporada.