A Liga do Futebol Brasileiro, também conhecida como Libra, é uma forma alternativa de organização do Campeonato Brasileiro sem a interferência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Desta forma, a elite dos clubes brasileiros se prepara para ter maior autonomia financeira, com regulamentos de transmissão específicos.
Assim como outros modelos de SAF do futebol brasileiro, o Botafogo de Futebol de Regatas também estava integrado à Libra. No entanto, nos últimos dias, John Textor, detentor dos direitos majoritários da equipe carioca, deu um depoimento exclusivo ao GE que confirmou a saída do Glorioso na liga.
“Estou pronto para fazer negócio. Mas uma liga unificada não pode ter os desentendimentos que estão acontecendo entre os clubes. E a maioria deles se relaciona com uma história de que eu não fazia parte. Velhas discussões com as quais eu não tinha nada a ver. Quando vejo prazos pelo pessoal de Libra, não posso ignorar isso. E por qual razão? Por esses argumentos e velhas discussões de cinco anos atrás. Não tenho paciência para isso. Eu respeito a história do Brasil, mas cansei de esperar”, iniciou Textor, liderança empresarial do Alvinegro.
“Há uma coisa que estou esperando e que não devo esperar, que são minhas receitas de mídia, televisão. Não vou perder dinheiro para sempre esperando. Então eu vou para o meio. Posso dizer que a Libra não tem uma governança adequada para a liga. Acredito no modelo da Premier League, no qual todos os clubes estão representados no Conselho de Administração”, acrescentou.
“Eu não estou apenas me movendo para o meio. Vou fazer acordos comerciais com os direitos de mídia do Botafogo que são benéficos para o Botafogo. Esse é um bom exemplo do que acredito que todos os clubes deveriam fazer, os negócios individuais”, explicou Textor.