Nesta quinta-feira (10), o Chelsea comemora 117 anos de existência,oClube foi fundado pelos irmãos Gus Mears e Joseph Mears em 1905. Porém, os motivos de o time estar nas manchetesdesta quinta, não é para comemorar o aniversário da equipe, e sim para repercutir as sanções impostas pelo governo britânico.
Devido aos conflitos políticos e militares que envolvem a Rússia e a Ucrânia nas últimas semanas, o governo da Inglaterra resolveu impor, nesta quinta-feira (10),medidas restritivas à sete oligarcas russos. Um desses selecionados é Roman Abramovich, que é dono do Chelsea desde julho de 2003, quando comprou o Clube por cerca de 650 milhões de reais.
As sanções foram impostasbuscando congelar os movimentos econômicos dos milionários russos, pois nenhuma empresa britânica, ou cidadão, pode ‘fazer negócio’ com os empresários. Sem contar que, os sete,estão proibidos de entrar em território do Reino Unido por tempo indefinido.
Em relação ao futebol e ao Chelsea, as medidas impactam profundamente os lucros do Clube. Para começar, está proibido haver vendas de ingressos para aspartidas que acontecerão daqui para frente, em qualquer competição que os ‘Blues’ estejam participando.Apenas quem já tinha comprado o seu ingresso, ou tinha o carnê para a temporada inteira, que é disponibilizado pelo timeno início das competições, poderá comparecer aos jogos.
Não vai haver nenhum tipo de venda de mercadoria por parte do Clube, isso inclui camisas, cachecol, chapéu, entre outros. Na manhã desta quinta-feira (10), as lojas do time inglês amanheceram fechadas, com um aviso que dizia: “Devido ao último anúncio do governo, esta loja estará fechada por hoje até novo aviso”, o papel estava na entrada dos estabelecimentos que pertencem ao Clube.
Em relação aos jogadores, agora nenhum deles poderáter seus contratos renovados, o time está proibido de realizar movimentações financeiras. Isso inclui também vendas e compras de atletas, ou seja, os jogadores que estavam em negociações para chegar ousair do Clube, terão de esperar (um tempo indeterminado) para resolver seu futuro.
Agora, por último,a determinação que mais complica os planos de Roman Abramovich, é a que proíbe o magnata russo de vender o Clube. Já tem sido reportado a semanas que o Chelsea estaria a venda, Abramovich com certeza queria escapar dessas sanções que obviamente seriam impostas ao time e que irão causar um prejuízo enorme aos bolsos do dono da equipe.
Porém, alguns esperavam uma punição que impedisse o time de entrar em campo, mas não foi o que aconteceu, o governo britânico afirmou: “Para garantir que o clube possa continuar a competir e operar, estamos emitindo uma licença especial que permitirá que os jogos sejam cumpridos, os funcionários sejam pagos e os titulares de ingressos possam assistir aos jogos enquanto, crucialmente, priva Abramovich de se beneficiar de sua propriedade“, diz o comunicado. A intenção é prejudicar o dono e não os funcionários.
Em resposta, o Chelsea emitiu um comunicado que não combate muito as sanções impostas: “Cumpriremos nossos jogos de equipes masculinas e femininas hoje contra Norwich e West Ham, respectivamente, e pretendemos nos envolver em discussões com o governo do Reino Unido sobre o escopo da licença. Isso incluirá a solicitação de permissão para que a licença seja alterada para permitir que o Clube opere o mais normal possível.“, afirma o recado.
As transmissões televisivas dos jogos da equipe, por serem contratos assinados antes de todos os acontecimentos virem à tona, continuarão normalmente. Isso inclui as competiçõesda Premier League, Champions League e Copa da Inglaterra. Mas, caso a situação não se resolva até o fim dos acordos, o Chelsea também viria a perder esse dinheiro vindo das emissoras.
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Em um comunicado, o Primeiro-Ministro Boris Jhonson, explicou as medidas impostas: “Sanções de hoje são o último passo no apoio inabalável do Reino Unido ao povo ucraniano. Seremos implacáveis na perseguição daqueles que permitem a morte de civis, a destruição de hospitais e a ocupação ilegal de aliados soberanos”, concluiu a autoridade.