O futebol brasileiro é marcado pelo seu imediatismo, quando a questão é resultados. É bem dificíl um treinador conseguir desenvolver um trabalho duradouro após ter um início ruim na casamata. Talvez o único exemplo recente no país, seja de Vojvoda no Fortaleza, que teve um começo bem complicado em solo tupiniquim, mas conseguiu se recuperar e tornar-se um dos grandes comandantes do mercado.

Robson Mafra/AGIF – Passagem do técnico pelo Couto Pereira foi conturbada
© Robson Mafra/AGIFRobson Mafra/AGIF – Passagem do técnico pelo Couto Pereira foi conturbada

O Coritiba teve um caso assim nos últimos tempos. Quando Zago chegou ao Couto Pereira, a torcida colocou expectativa no treinador. Após fazer um trabalho muito bom no RB Bragantino, o gaúcho parecia ser a escolha certa buscando a retomada do Coxa na temporada e na briga contra o rebaixamento no Brasileirão. No entanto, não foi isso que aconteceu, com a relação entre os fãs, direção e o ex-zagueiro terminando em menos de 45 dias, causando assim sua demissão.

Em entrevista ao programa Entre Linhas, o ex-técnico do time falou sobre sua relação com a imprensa, os problemas internos com a equipe e como avalia seu trabalho no Paraná. “Não tinha mais o que arrumar de desculpas para a imprensa e para o clube. Olhando os últimos jogos do Coritiba, aquela entrevista foi válida, pois a equipe ganhou. Talvez, eu tenha sido um pouco duro, mas, talvez, era a hora de ter feito o que eu fiz.”.

Torcedor, saudades de Zago na casamata do Coxa?

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“Foi uma passagem, em termos de resultados, ruim. Mas, foi um bom trabalho. Alguns erros individuais acabaram prejudicando. Tudo aquilo que as outras equipes do campeonato faziam, nós fazíamos menos da metade em termos físicos. Para você chegar em um certo nível, leva um pouco mais de tempo.” Completou Zago.