Em entrevista ao Cast FC, o técnico Felipe Conceição falou sobre a sua passagem no Náutico. O comandante, que atualmente trabalha no Santa Cruz, falou de interferências que o seu trabalho sofria por parte do presidente do Timbu, Diógenes Braga.
De acordo com o treinador, essas interferências e o pouco tempo para trabalhar foram cruciais para que não conseguisse mostrar trabalho no Clube. E que, inclusive, foram fundamentais para a interrupção de seu trabalho no Timbu, mesmo mostrando resultado com o título estadual e a chegada à semifinal da Copa do Nordeste.
“Você pode não ter resultado por muitos motivos: contexto do clube, presidente que toma decisões contra a sua vontade e não deixa você exercer o seu trabalho… Como é que se tem um trabalho com o que eu tive no Náutico? E é bom o espaço aqui para falar para o torcedor entender. Em 44 dias eu fiz 13 jogos. Eu não treinei com a equipe do Náutico. Quando eu cheguei era oitavo colocado no Pernambucano e sétimo na Copa do Nordeste”, disse Felipe Conceição.
Outro fato que o técnico destacou na sua entrevista, foi o empréstimo de Wagninho ao Ferroviário. Na época, o comandante vinha aproveitando o jogador em seu elenco quando ele foi emprestado sem o seu consentimento. Felipe ainda destacou que o trabalho do jogador poderia render bons frutos para o Clube.
“Com o Wagninho eu quis fazer o mesmo processo, mas foi interrompido pelo presidente e com a minha saída. O presidente emprestou ele para o Ferroviário e sem a minha anuência. Olha as situações que a gente passa. Hoje, conseguimos ter o Wagninho junto da gente no Santa Cruz, vai ajudar e espero que deixe frutos para o clube futuramente, pois ainda é muito jovem e pode dar o retorno que o Carlão deu ao Náutico”, explicou.
Felipe Conceição foi um bom técnico no Náutico?
Felipe Conceição foi um bom técnico no Náutico?
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Com toda a repercussão que essas falas de Conceição deram, o próprio presidente do Náutico, Diógenes Braga veio a público dar a sua versão dos fatos. “A diretoria ou a presidência buscar esclarecimentos, saber como está a condução do time é absolutamente normal. Acontece isso em todos os clubes. A intromissão na escalação, não. Não houve”.
Já em relação ao caso de Wagninho, o presidente falou que o empréstimo partiu da diretoria, e não da presidência. Por isso, havia um pedido para que o jogador fosse poupado dos jogos.
“Na nossa visão e na da diretoria também, em um momento, havia um desgaste da imagem de um ativo do clube. E foi sugerido ao treinador que poupasse o atleta. No intuito que o atleta não se desgastasse. Sugestão que não foi acatada e ele continuou sendo utilizado. Não houve intromissão. Sobre o empréstimo, não foi feito pela presidência. Mas, sim, pela diretoria. Não tive participação. Chegou a mim a possibilidade e eu autorizei. É só perguntar para o empresário e para o atleta”, completou.