A partida entre Corinthians e Grêmio rendeu grandes emoções, com o tricolor saindo na frente do marcador com dois gols ainda no primeiro e a partida se encerrando com o placar de 4 a 4. E uma noite com chuva de gols, acabou sendo marcada também por um lance bastante polêmico e o Imortal deixou a Neo Química Arena revoltado com a arbitragem, reclamando de um pênalti não marcado na reta final da partida e que poderia ter mudado a história do jogo, já que aos 49 do segundo tempo, Ferreira cruzou para a área e a bola bateu no braço de Yuri Alberto.
Mas ao que parece a reclamação do Grêmio não foi infundada já que o Uol ouviu seis árbitros e por unanimidade todos concordaram com a queixa do Tricolor e ainda criticaram o VAR por não ter chamado o dono do apito para revisar o lance. Guilherme Ceretta foi radical e afirmou que foi um momento triste para arbitragem brasileira. “Este é, historicamente, o maior pênalti não marcado na história do futebol. É uma vergonha o VAR não insistir na revisão. Todos os tópicos para a marcação de um pênalti existiram neste lance, e o ‘nosso’ árbitro de Copa do Mundo faz isso. Que triste momento da nossa arbitragem. Agora vamos escutar um monte de teoria da conspiração por culpa do Wilton.”, declarou.
Manoel Serapião criticou a decisão do árbitro, mas definiu que a principal falha foi do VAR. “Pênalti claro. O Yuri Alberto não estava disputando a bola. Estava no contexto da jogada, mas um pouco distante e tinha que ter cuidado com o braço. Ele colocou o braço assumindo risco do toque da bola. Ele estava mais em uma ação de bloqueio do que de disputa. Pênalti indiscutível. O critério da CBF neste tipo de lance é pênalti, como foram marcados muitos outros. O Wilton pode ter analisado mal em campo, mas o erro maior é do VAR, que tem imagem clara e indiscutível.”.
Ulisses Tavares declarou que não se vê mais critérios na arbitragem para a marcação de pênalti, já Alfredo Loebeling afirmou que o pênalti foi muito claro e questionou a forma com o árbitro Wilton Pereira Sampaio. “O que me assustou um pouco foi a pressa do Wilton em cobrar o escanteio Por quê? Fico bastante ansioso para ver a conversa do VAR com ele. Não é possível que o VAR não tenha, na pior das hipóteses, sugerido uma revisão do lance. Não dá para admitir que um árbitro de Copa do Mundo não tenha iniciativa em um lance desse. É uma vergonha.”, avaliou.
Carlos Eugênio Simon viu gesto antinatural de Yuri Alberto e João Paulo Araújo explicou porque o lance não era simplesmente bola na mão. “O jogador não estava com o braço no prolongamento normal do corpo, o braço estava levantando. Alguns dizem que o chute foi muito de perto. E daí? O braço não estava na posição normal, ninguém anda na rua com o braço assim. Se o braço está levantando, tem que marcar. Você só pode levantar o braço daquela forma se você estiver protegendo o rosto. Neste caso, tudo bem, se a bola bater, é bola na mão. No caso do Yuri, não, o braço estava alongando a área do jogador. O VAR deveria ter chamado a atenção do árbitro. Acho que estavam tomando um cafezinho e não viram o lance, só pode ter sido isso.”.